Coordenador Vitor Silveira explica como funciona o desktop virtual - Foto: Clarildo Menezes

Maricá será um dos primeiros municípios do Brasil a utilizar computadores com o sistema VDI (Virtual Desktop Infrastructure), que mantém os arquivos antes armazenados em disco rígido na ‘nuvem’ da internet, sem a necessidade de uma máquina física para o usuário. O “desktop virtual”, como está sendo chamado, já funciona em setores do serviço público como o Sistema Integrado Municipal (SIM) e as secretarias de Educação, de Economia Solidária, e de Agricultura, Pecuária e Pesca, além do Posto de Saúde Central da cidade. O sistema vem sendo utilizado por grandes empresas e instituições do país como a General Electric, a Fundação Bradesco e o Instituto Mackenzie, de São Paulo.

De acordo com o coordenador de Tecnologia de Informação da Prefeitura, Vitor Silveira, a prioridade é fazer o sistema funcionar em todos os postos de saúde do município, para que cada paciente possa ter seu prontuário acessado por quem for atendê-lo na rede. “Isso vai facilitar em muito o atendimento porque possibilita que o agente de saúde saiba se aquele paciente toma alguma medicação ou tem algum problema crônico que inspire maiores cuidados”, avalia ele, que destaca também a perspectiva de uma grande redução de custos de energia e manutenção do sistema. O valor ainda não foi calculado.

“Como não haverá mais as chamadas ‘torres’ como conhecemos, qualquer defeitos nesses desktops virtuais poderão ser feitos remotamente a partir de nossa central, assim como a instalação de qualquer software que seja necessário. O acesso de cada usuário não vai mudar e será como já é feito hoje em dia, mas também poderá ser feito de casa pelo usuário com o uso da mesma senha”, explica o coordenador. As máquinas antigas, que serão remanejadas para salas de informática das escolas da rede pública, estão sendo substituídas por aparelhos menores, chamados de ‘thin client’, que não dispõe de HD e permite armazenamento físico somente com um pen drive.

Vítor Silveira esclarece que a implantação do sistema VDI só está sendo possível por causa da infovia com cabos de fibra ótica, que começou a ser instalada em maio. Parte dos 240 quilômetros de cabos da rede chegou até o Recanto de Itaipuaçu está prestes a ser ativado na altura de São José de Imbassaí, que estão na primeira fase do projeto. Na segunda fase, prevista para 2019, a rede segue pela região litorânea até Ponta Negra. A nova rede vai interligar 160 prédios públicos que incluem, além dos postos de saúde, escolas e os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), entre outros. A meta é também disponibilizar 30 pontos de acesso público à internet por rede wi-fi e instalar 60 câmeras de monitoramento em toda a cidade.

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