O II Festival Internacional da Utopia, encerrado no último domingo, foi aprovado pelo público – tanto que já faz parte do calendário oficial de eventos da cidade. Debates, atividades culturais, a feira literária, a feira da Reforma Agrária, os shows e o Acampamento da Juventude geraram uma percepção de que tais experiências são fundamentais para o desenvolvimento da sociedade.
Por toda parte, relatos de pessoas da cidade e de fora, gente que vivenciou uma experiência inesquecível, como o pequeno Rian Vinicius, de 7 anos. “Não sou de Maricá e estou adorando tudo aqui. Este espaço para crianças está perfeito”, elogiou. Nos quatro dias de festival, as atrações se sucederam de manhã à noite. A moradora de Itapeba, Fabiana Ágara, esteve na área preparada para as crianças em Araçatiba para assistir à peça de teatro com o cordel “Manoel de Barros e Poesia” e elogiou o festival por trazer a Maricá atrações para todas as idades. “É o que precisávamos. A festa está linda e esse espaço aqui em Araçatiba voltado para a família e para as crianças está de parabéns”, elogiou.
Muitos, inclusive, percorreram as instalações do Festival da Utopia emendando os horários e as atrações, como Iarti Andrade, de 45 anos, moradora de Itaipuaçu. “Está tudo ótimo. Estou adorando tudo. Já estive em Araçatiba à tarde e agora estou aqui. Quero aproveitar cada atração do Utopia”, afirmou, enquanto esperava o início da apresentação do cantor Martinho da Vila. Além do sambista, a cantora Maria Rita, o cantor Marcelo Jeneci e o rapper Emicida levaram grande público ao palco montado na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro.
A professora de caratê Renata Rocha recentemente voltou da Escócia com alunos da rede municipal de ensino recheados de medalhas após disputarem o mundial da categoria em Dundee, Escócia. Ela, que também frequentou a praça, destacou a organização. “A Prefeitura está de parabéns. Curti a feira na praça e esse show maravilhoso. Nossa cidade precisa disso. De cultura, integração e muita alegria e esse clima já pode ser percebido”, avaliou.
O casal José Pinheiro e Rosângela Gomes só conhecia Maricá pelo que viam na estrada, a caminho da Região dos Lagos. A família, moradora da Pavuna, no Rio, veio à cidade pela primeira vez há pouco mais de um mês, quando compraram uma casa. Ao passar pela lagoa de Araçatiba a caminho da Praia da Barra com a família, parou e entrou no pique do festival. “Nunca imaginei que fosse gostar tanto de uma cidade como gostei daqui e saber que sempre tem atividades para as crianças e adultos, fico ainda mais satisfeito”, disse Pinheiro, que até participou das brincadeiras propostas pelo palhaço Mozzarela.
No Centro, a estudante Letícia Muniz, de 19 anos, moradora da Baixada Fluminense, contou que veio ao Festival a convite de sua tia que reside em Maricá. “Quando minha tia me falou do Festival da Utopia fiquei ainda mais animada”, contou Letícia, enquanto aguardava ansiosa pelo show da cantora Maria Rita.
No Acampamento da Juventude, em São José do Imbassaí, Mirella Fontes, do Paraná e Mariá Rosa, de São Paulo, contaram que vieram a Maricá especialmente para o Festival. “Está incrível. Gostei muito dos debates, das mesas de conversa e dos palestrantes convidados“, disse Mirella. “A hospitalidade daqui está maravilhosa. O Festival está diversificado e cheio de atrações incríveis”, concluiu Mariá.
Quem mora nas cidades vizinhas também marcou presença para aproveitar as apresentações de teatro e dança, gratuitas. Foi o caso da moradora de Niterói, Carolina Loss, que veio à Maricá especificamente para curtir o festival e se encantou com a peça “Salve Ela”. “Achei maravilhosa. Ela é didática, engraçada, comovente e realista. Esse é o intuito da cultura, que é fazer a gente pensar”, contou a especialista em Segurança Pública e Social, acompanhada da filha Maria Alice, de 4 anos.
Já no Cineteatro Henfil, Anastácia Amorim, de 33 anos, moradora de Maricá, assistiu a peça “A Ira de 1968” e elogiou muito. “A peça mais cedo foi maravilhosa. Achei todos os esquetes maravilhosos também e gostei muito do texto em que o casal falava de política, pois é uma montagem com abordagem simples e fácil de entender”, disse. Anastácia ainda falou sobre a sua visão do Festival, contando que decidiu por conta própria ver como e o Festival da Utopia. “É a primeira vez que participo. Vim ver com meus próprios olhos e achei muito bacana o evento. Sem preconceito, muito legal mesmo”, concluiu.