O Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), vinculado à Secretaria de Assistência Social, atuou, nesta quinta-feira (12/07), na Unidade de Saúde da Família (USF) da Mumbuca, com o projeto “CREAS Itinerante” levando para os moradores da região todos os serviços oferecidos pela unidade.
A equipe apresentou, para os pacientes do USF, o trabalho do CREAS. Este corresponde ao atendimento e acompanhamento de crianças, adolescentes, mulheres, homens, idosos e portadores de deficiência que sofreram algum tipo de violência, abuso/exploração sexual e também a aqueles que se encontram com alguns direitos violados.
Segundo a coordenadora do CREAS, Layse Guedes, esta ação tem como meta oferecer os serviços e orientar o maior número de munícipes para que todos estes casos cheguem ao conhecimento do poder público. “O CREAS Itinerante foi criado para chegar às pessoas que não tem conhecimento dos serviços oferecidos, condições financeiras ou psicológicas de ir a nossa sede”, disse. A assistente social, Edna Menezes e as psicólogas Carla Tavares Andrade e Vanessa Andrade, alertaram sobre a importância de não ficarem em silêncio quando se tem conhecimento de algum caso de direito violado. “As denúncias precisam ser feitas. Caso não queiram ir até o equipamento, podem ligar para o Disque 100, pois seu nome é mantido em sigilo, ou chamar o Conselho Tutelar”, contou Edna.
Em seguida, os pacientes, que estavam no aguardo para serem atendidos pelo médico, tiraram suas dúvidas e relataram alguns casos que viveram. “Eu fui abusada quando criança e tive muita raiva dos meus pais por não terem percebido a situação. Sofri a minha vida inteira com este trauma na minha cabeça e assumo ser neurótica com a educação dos meus filhos por não confiar em ninguém.” Relatou “M”, de 53 anos. “Sinto um conforto enorme por saber da existência deste equipamento que ajuda tanto a vítima como os familiares. E vou procurá-los, em breve, pois tenho uma denúncia para fazer.” Completou.
O caso da “F”, de 48 anos, também foi ouvida com atenção e encaminhada para os órgãos competentes. “Recentemente fui abusada por um amigo da família dentro do carro dele. Estou me sentindo enojada, mas com medo de denunciar. Espero que vocês possam me ajudar.” Solicitou. A senhora “A”, de 63 anos, expôs o caso de negligência da sua irmã com o filho. “Minha irmã sempre maltratou meu sobrinho. Agora que ele cresceu, não teve maturidade para aceitar sua realidade e acabou na cadeia. Hoje, a família toda luta para tirá-lo de lá.” Contou. “Desejo que a equipe do CREAS consiga ajudar todas as pessoas que estão sofrendo no nosso município”, disse.
