A Terceira Divisão do Campeonato Estadual de futebol conta com 15 clubes na atual temporada, alguns de muita tradição, como o São Cristóvão. Mas a sensação da temporada é sem dúvida o Maricá Futebol Clube. Com menos de dois anos de atuação, o clube, que é apoiado pela Prefeitura de Maricá através da Secretaria de Esporte e Lazer, está na liderança do Grupo A com 12 pontos na chave. Além disso, lidera também as duas competições nas categorias de base, Sub 20 e Sub 17. A próxima partida, no domingo (15/07), colocará o passado e o futuro do futebol em campo: o Maricá vai enfrentar o São Cristóvão, um dos clubes mais antigos do país. O jogo será no estádio Alzirão, em Itaboraí, onde o time maricaense manda seus jogos.

Comandado pelo técnico Aguinaldo Luiz Sorato – que como jogador profissional passou por clubes de destaque como Vasco, Botafogo, Palmeiras, Cruzeiro e Bahia – o time é formado por 32 atletas profissionais e conta com uma comissão técnica com quatro integrantes. “Montamos uma equipe praticamente do zero, e isto não é fácil. Durante um mês trabalhamos só com a avaliação dos atletas e depois tivemos mais uns dois meses para trabalhar com o grupo já definido”, contou Sorato, explicando que no futebol este tempo é suficiente apenas quando já se tem uma base. “Como não tínhamos uma base, esse cronograma ficou um pouco apertado. Mas a resposta dos atletas foi muito boa, eles assimilaram rápido a ideia do trabalho, e com isso os resultados estão acontecendo de forma positiva”, destacou.

Em cinco jogos na competição, até o momento a equipe venceu quatro e perdeu um. Para o auxiliar técnico e ex-goleiro (do Vasco e da seleção brasileira, vice-campeão mundial em 1998, campeão brasileiro de 1997 e da Copa Libertadores em 1998), Carlos Germano, que trabalhou com Sorato no Vasco, as boas condições de trabalho e a organização dentro e fora de campo fazem a diferença. “Para subir de divisão é preciso muito trabalho e ganhar os jogos nas finais. Existe a séria A do Campeonato Carioca, a B1 e a B2, que é onde o Maricá F.C. se encontra hoje. O que estamos tentando é esse acesso para B1”, explicou.

Ainda de acordo com Germano, existe uma mobilização muito grande por parte da cidade de Maricá e da diretoria do Clube para que essa mudança aconteça. “No ano passado não começamos tão bem, mas obtivemos um desempenho muito bom no final da competição, ficando fora do acesso por apenas um gol. A ideia é que este ano o time não sofra com a falta de um gol, de um ponto e de uma vitória”, ressaltou.

Artilheiro do time, o atacante Felipe Felix Ferreira (Zuca), é morador de Inoã e foi revelado no trabalho de base. O jogador falou sobre a conquista deste título e sobre a sua carreira. “Desde o ano passado, quando jogava no sub 20, vinha em uma pegada forte de treinos que me permitiu subir e chegar até este posto onde estou hoje. Tenho 20 anos, minha carreira está apenas começando e ainda quero alcançar muitos objetivos na minha vida”, afirmou o jogador.

Também morador de Inoã, o zagueiro Pablo de Mattos Fróes contou que joga em times municipais desde a base. “O reconhecimento veio jogando nos times de Inoã e participando dos campeonatos. A diretoria do Maricá F.C. gostou de mim, e agora eu faço parte do grupo. É o meu primeiro ano como profissional federado e para mim é um orgulho estar representando a minha cidade”,disse.

Morador de São Gonçalo, o goleiro Júlio César se diz privilegiado por ter recebido o convite para integrar o time. “Fiquei muito feliz por chegar aqui e ver um projeto tão bem estruturado. Estou trabalhando firme e focado para que o Maricá consiga uma boa campanha”.

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