O maricaense acordou cedo neste domingo (22/04) para o lançamento da “Feira Livre Solidária” montada na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro. Lá encontrou 130 feirantes entre hortifrutigranjeiros, artesanato, moda artesanal, gastronomia e cultura, entre outros. A feira vai acontecer todo domingo, sempre das 7h às 17h, porém produtos como carnes, peixes e hortifrutigranjeiros só ficam à venda até às 13h. E, segundo seus organizadores, posteriormente, o empreendimento também deve chegar aos bairros de Itaipuaçu, Inoã, São José do Imbassaí, Barra de Maricá e Ponta Negra durante a semana, no “Circuito Feira Livre Solidária”.
Iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria de Economia Solidária, com apoio das pastas Geral e de Governo, Cultura, de Agricultura, Pecuária e Pesca, Turismo e de Conservação, a Feira Livre Solidária tem o objetivo de se tornar um espaço para o produtor de Maricá escoar sua produção, além de disponibilizar para os consumidores mais uma opção de produtos de qualidade e com preço justo. “Queremos regatar a feira livre como espaço comum de pertencimento da cidade, das pessoas e do encontro. E, para isso reunimos dezenas de produtores locais, artesãos, gente que tem se cadastrado na Economia Solidária de Maricá tentando encontrar a dinâmica de uma nova economia que seja mais de todos, mais igual, onde todo mundo possa ter a oportunidade de oferecer o seu produto e estamos felizes em poder promover esse resgate”, comemorou o prefeito Fabiano Horta, logo após visitar cada expositor da Feira Livre Solidária.
“Queremos utilizar a feira como um grande espaço da comercialização local e vamos estimular muito que as pessoas utilizem aqui a Moeda Mumbuca. Por conta disso teremos permanentemente o Banco Mumbuca abrindo as contas das pessoas e fazendo o cabeamento do Real para a Mumbuca”, prosseguiu o prefeito. “Quem quiser consumir na feira com a Mumbuca terá uma oportunidade de ajudar a economia local e permitir que esse dinheiro circule entre os comerciantes, artesãos e produtores de Maricá e acima de tudo contribuir com a arrecadação para o fundo, para onde 2% de qualquer compra realizada com a Moeda Mumbuca é direcionada. Esse fundo fomenta o crédito a juro zero disponível para o pequeno produtor local”, explicou Fabiano. “Quanto mais a população de Maricá incorporar a Mumbuca como a sua moeda, mais teremos a capacidade de retroalimentar os pequenos produtores com crédito e fomento a produção”, avaliou o prefeito.
De acordo com Diego Zeidan, secretário de Economia Solidária, todos os feirantes estão sendo orientados a aceitar o Cartão Mumbuca. “Estamos abrindo uma conta no banco Mumbuca para eles. É bom frisar que a moeda Mumbuca hoje é um benefício para toda cidade e não só para o beneficiário do programa de transferência de renda. Hoje qualquer cidadão pode ir ao Banco Mumbuca, abrir a sua conta e começar a pagar suas compras com a moeda e aqui na feira”, explicou.
Ainda segundo o secretário, a maioria dos feirantes é de Maricá e novos cadastros serão abertos para quem deseja vender seus produtos. “Em breve abriremos novamente o cadastramento para que os interessados possam vender seus produtos aqui. Nosso intuito é justamente incentivar a economia, a produção, incentivar o comerciante da cidade a produzir, gerar renda e trabalho a partir do seu próprio negócio”, frisou Diego.
Maranata Santos, de 33 anos, moradora do bairro Mumbuca, chegou cedo à praça. “Estou achando tudo maravilhoso. Essa é uma iniciativa muito bacana da Prefeitura e está tudo perfeito. Cheguei aqui cedinho e não consigo ir embora de tão bom que está. A variedade de produtos está sensacional tem um pouquinho de cada coisa, tem produto para todo mundo”, comemorou Maranata.
A vendedora de confeitaria artesanal Josiane Rocha, de 33 anos, moradora de Itaipuaçu, contou que essa era a sua primeira vez como expositora em uma feira livre. “Eu só tenho elogios. Está tudo muito bom e mesmo sendo fim de mês o movimento aqui está maravilhoso e a reação das pessoas também”, disse Josiane. “O que mais impressiona é a variedade de produtos concentrada em um único lugar. Nós aqui de Maricá precisávamos disso. Também sou consumidora e muitas vezes eu fui ao Rio para comprar o que eu não encontrava aqui e sonhava com uma feira como essa em Maricá”, confessou Josiane.
