Ideia é articular ações no que diz respeito aos direitos humanos e de combate ao preconceito LGBT - Foto: Katito Carvalho

O Residencial Carlos Marighella (condomínio do programa Minha Casa Minha Vida), em Itaipuaçu, recebeu nesta quinta-feira (27/04) a primeira reunião da Coordenação de Direitos Humanos e Políticas LGBT, promovida pela Secretária de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher. O encontro teve como objetivo pensar e articular ações relacionadas à politicas públicas no que diz respeito aos direitos humanos, direitos LGBT, combate ao preconceito, combate a LGBTfobia, parada LGBT e orgulho LGBT.

De acordo com o coordenador municipal de Direitos Humanos e Políticas LGBT, Carlos Alves, no mês de maio uma reunião, com data a ser divulgada, também será realizada em Inoã. “Essa é nossa primeira reunião com a sociedade civil de Itaipuaçu. O encontro de hoje (quinta-feira) faz parte de uma articulação que nós já realizamos há algum tempo com militantes LGBT de Maricá, porém agora nós queremos formalizar uma regularidade e decidimos começar por aqui, dentro do condomínio Minha Casa Minha Vida, devido as necessidades identificadas e porque a Prefeitura quer todos os seus serviços presentes dentro do residencial”, explicou Carlos Alves. “Todo ano em 17 de maio é celebrado o dia mundial de luta contra a LGBTfobia e, diante disso, em maio realizaremos  esse mesmo encontro em Inoã e em seguida retornaremos a Itaipuaçu com uma atividade festiva”, adiantou. “Nosso trabalho, através dessas articulações e ações sociais, tem como meta discutir as mais diversas demandas, seja na saúde, na segurança, na inclusão social , mercado de trabalho e na educação da comunidade LGBT.

Katia Jones, de 60 anos, que mora em Inoã, contou que já atua na militância das causas LGBT há mais de 20 anos. “Eu já estou na militância desde 1994, já participei de muitos grupos e integrei diversos projetos, inclusive no Rio. Agora estamos querendo, com o apoio da Prefeitura de Maricá, trazer aqui para Itaipuaçu um trabalho de conscientização que integre saúde, segurança, combate ao preconceito e a discriminação”, afirmou o militante. “É um belo trabalho o que pretendemos fazer aqui e estamos começando em itaipuaçu, porque identificamos que a população LGBT dessa região carece de ações sociais”, concluiu.

A agente administrativa e também militante, Mariza Justino, de 57 anos, ressaltou a importância de promover esse tipo de articulação. “A coisa mais importante a ser discutida aqui é a visibilidade da população LGBT dentro desse condomínio”, avaliou Mariza. “Achei muito pertinente a nossa primeira reunião ser realizada aqui. Juntos nós vamos desenvolver políticas sociais com os moradores daqui”, garantiu.

Ainda segundo Mariza, é preciso levar informação e promover o empoderamento e a autoestima da comunidade LGBT de Itaipuaçu e principalmente dos moradores do condomínio MCMV. “Eu acho que esse tipo de construção com a população LGBT de Itaipuaçu e principalmente com o pessoal que vive em zona de vulnerabilidade social, e aqui é um exemplo, promove o empoderamento necessário para que a comunidade LGBT deixe de ter vergonha de ser quem é. É isso que eu chamado de orgulho LGBT, que na verdade é deixar de ter medo, deixar de ter vergonha e lutar por seus direitos junto a sociedade”, concluiu.

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