Foto: Marcos Fabricio

Com o tema “Uma Escola de Todos e para Todos”, pais, alunos e professores estiveram nesta quinta-feira (19/04), na Escola Municipalizada Retiro para dialogar sobre inclusão social nas escolas municipais. O encontro foi promovido pela Secretaria de Educação de Maricá em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Secretaria de Assistência Social e é parte integrante do calendário de atividades desenvolvidas pelas pastas referente ao mês em que se comemora o Dia Mundial de Conscientização do Autismo (02/04).

Durante o encontro, os estudantes com idades entre 8 e 12 anos fizeram uma apresentação interpretando, em linguagem de sinais, a música “Coisas Fácies”, da cantora Luciana Melo. Ao término da canção as crianças recitaram poemas relacionados ao tema, um deles de autoria de uma aluna de 9 anos.

Diretora da unidade há 15 anos, Adriana Ribeiro falou da importância dessa interação da escola com os responsáveis, no intuito de esclarecer as dúvidas e dar apoio às famílias que têm filhos com necessidades especiais. “Mesmo não entendendo muito daquela patologia nós pesquisamos sobre o tema para acolher àquela criança, acalmamos o pai, amparamos a família e trabalhamos na socialização com os outros alunos. É um trabalho muito gratificante. Nós somos uma escola de inclusão”, disse a diretora da unidade que tem no total 243 alunos, sendo que 12 com necessidades especiais.

Mãe de aluno com déficit de atenção somado à hiperatividade, Francisca Bezerra, de 42 anos, relatou a dificuldade encontrada para obter informações sobre o assunto. “Ainda estou aprendendo a lidar com esse transtorno. Cada dia é diferente”, disse a dona de casa agradecendo o apoio da Prefeitura. “A gente se sente apoiado com esse olhar da Secretaria de Educação voltado para os pais. Isso é muito bom. É para benefício de todos ter a população bem esclarecida”, completou.

Eugênia Vaxes, de 45 anos, mãe de aluno com paralisia cerebral e hidrocefalia, orientou para que famílias procurem ajuda o quanto antes das escolas que oferecem a inclusão social para desenvolver as potencialidades do aluno. “Eu sempre me neguei muito a pô-lo na escola por medo. Hoje eu me arrependo de não o ter colocado antes. Assim, acho que se desenvolveria muito melhor”, aconselhou a mãe do João, admitindo que demorou 10 anos para tomar a decisão.

O evento se encerrou com uma gincana com o público presente simulando patologias como deficiência visual, física e da fala para sentir como é encarar as dificuldades do cotidiano.

“É dificultoso mesmo. Sem a ajuda de uma pessoa para auxiliar por onde andar, como andar, não teria como. Eu fico imaginando as crianças que vão para a escola e que não tem a visão. Eu encontrei muita dificuldade para me orientar”, contou a Daniela dos Santos Reis, de 40 anos, que representou na atividade o grupo com deficiência visual.

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