
Surfistas, praticantes de bordyboard e stand up paddle tiveram a oportunidade de aprender técnicas de salvamento marítimo, no último fim de semana (14/04 e 15/04), na praia de Ponta Negra. Por meio do projeto “Surf Salva”, da Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Maricá, os inscritos no programa puderam conhecer na prática a abordagem correta em casos de afogamento no mar. A aulas foram ministradas por profissionais de Educação Física, instrutores, técnicos de surf e guardas-vidas integrantes da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, além de contar com o apoio da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar).
O curso foi realizado em duas etapas: sábado (14/04), das 9h às16h (com intervalo para almoço) e no domingo das 9h às 12h. Todos os inscritos ganharam um kit com camiseta, chapéu tipo australiano, protetor solar e certificado de conclusão. Os alunos receberam instruções de resgate em ambiente aquático, técnicas de primeiros socorros aos afogados, noções de trabalho em equipe para o salvamento marítimo e de prevenção ambiental.
Para o secretário da pasta, Luiz Carlos dos Santos, que acompanhou de perto o início do curso, essa é uma forma de aumentar o sistema de proteção dos banhistas, tendo em vista a extensão da orla marítima, que é de aproximadamente 46 km. “Esse é um projeto que elaboramos buscando envolver a sociedade, representada pelos surfistas. Como eles estão presentes diariamente no mar, uma vez capacitados, vão contribuir para essa implantação de uma política de aumento de segurança para o banhista. Agora, cada surfista passa a ser o guarda-vidas e se torna mais uma pessoa habilitada a evitar um dano maior que seria o óbito”, explicou.
Participando do projeto, o empresário do segmento da construção civil, Diogo Rosa de Oliveira, aprovou a iniciativa da prefeitura. “Moro em Ponta Negra há 5 anos e acho muito interessante esse projeto da Prefeitura que só tem a agregar valor para todos os sentidos, tanto no conhecimento próprio, como ajudando ao próximo”, disse empolgado com as técnicas que acabara de aprender.
O estudante Aírton Gustavo, de 29 anos, salientou a importância de capacitar os adeptos aos esportes aquáticos, intensificando assim a segurança e dando apoio aos guardas-vidas em casos de afogamento.
“Aqui você tem uma ordem de 30 a 35 pessoas treinadas para ter, no mínimo, uma noção do que fazer quando acontecer algum tipo de imprevisto. De certa forma, você potencializa muito, tanto a ação dos guardas-vidas como da própria pessoa que vai ajudar, uma vez que ela evita de se expor a certo risco desnecessário ou não calculado por ela. Isso propicia que o guarda-vidas possa chegar ao afogado com maior êxito e tranquilidade”, avaliou.
Assistindo ao treinamento, o bombeiro militar Anderson Rodrigues de Souza, ressaltou a relevância do projeto. “Sempre venho para cá com os amigos que têm casas aqui. O projeto é muito bom e o treinamento ajuda muito na prática do dia a dia. Pode ser que um parente meu possa precisar de alguém que está treinando aqui agora. Isso é bem produtivo”, mencionou o banhista, que veio de Duque de Caxias.
Ao todo, foram disponibilizadas 45 vagas, que se esgotaram de imediato. Foi aberto um cadastro de reserva para uma possível segunda edição do curso.