Culto teve celebração de padre, pastor e de matriz africana pelos jovens do MCMV - Foto: Katito Carvalho

Neste domingo de Páscoa (01/04), os moradores do Residencial Carlos Marighella, unidade do programa Minha Casa, Minha Vida de Itaipuaçu, participaram de um culto ecumênico em memória aos jovens Marco Jhonata, Sávio Oliveira, Matheus Bittencourt, Matheus Baraúna e Patrik Diniz, mortos no último dia 25/03 nas dependências do condomínio. A manhã de oração contou com a participação de representantes das religiões católica, protestante e de matriz africana. Participaram da celebração familiares, amigos das vítimas e autoridades municipais.

Além da homenagem aos cinco jovens, o culto, organizado pela Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, com apoio da Coordenadoria de Assuntos Religiosos, teve como objetivo acolher os parentes e amigos das vítimas. As palavras de fé, esperança e superação foram conduzidas pelo Pastor Nedici da Silva, pelo Padre Valmir de Souza Bastos e pelo babalorixá Jonas Liminha.

“A nossa participação aqui vai além da função de secretário municipal ou representante do governo”, afirmou o secretário de Direitos Humanos João Carlos de Lima (Birigu). “Eu estou aqui, junto aos familiares desses jovens, como ser humano para abraça-los e tentar demonstrar para eles a importância de não deixar que os nossos corações sejam tomados pelo ódio, pela raiva”, explicou. “Estamos aqui em harmonia fraterna e com o pensamento direcionado para a paz. Nosso objetivo é sair daqui com os nossos corações fortalecidos”, disse Birigu.

Fábio Ferreira, pai do jovem Sávio Oliveira, um dos cinco mortos, falou em nome dos demais familiares. “Está sendo um momento muito difícil para mim, mas o que eu quero dizer para vocês, independentemente de qualquer julgamento, que eu levo comigo a alegria de ter convivido por 20 anos com o meu filho Sávio. Ele era uma pessoa feliz”, afirmou Fábio. “A maioria dos seus filhos convivia no dia a dia comigo e por isso eu me sentia um pouco pai de cada um dos amigos do meu filho. Não perdi um filho, perdi cinco”, disse visivelmente emocionado. “Tenho certeza que o meu filho, que esses jovens estão em um lugar melhor do que o que eu estou. Infelizmente o que falta para nós é o amor, o amor ao próximo. Se tivéssemos amor nada disso teria acontecido”, frisou o pai de Sávio.

Ao final do Culto moradores do residencial fizeram uma roda de oração em torno do local onde os jovens foram encontrados, cantaram hinos de louvor e soltaram balões brancos, encerrando a homenagem.

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