Objetivo do curso é preparar e capacitar os conselheiros municipais - Foto: Elsson Campos

Cerca de 40 conselheiros e futuros conselheiros do município de Maricá participaram, na manhã desta quarta-feira (28/03), da segunda aula do Curso de Formação para Conselheiros de Direitos, realizado no auditório do Ministério Público, em Araçatiba. A qualificação, oferecida pela ONG Movimento de Mulheres em São Gonçalo através do projeto Tecendo Redes em parceria com a Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, contará, ao todo, com seis dias de estudo.

De acordo com a supervisora técnica do Tecendo Redes: Proteção e Defesa de Crianças e Adolescentes, Cristiane Neves Pereira, o objetivo principal é capacitar e preparar os conselheiros municipais. “Uma das metas do projeto é poder contribuir com a formação de quem está na ponta, garantindo os direitos dos cidadãos, então o público alvo são os conselheiros de direitos e tutelares”, contou.

A frente da Coordenadoria dos Conselhos, criada pela Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, Leci Alberti, explicou a parceria. “A ONG já realizava trabalhos aqui em Maricá, através da Assistência Social. Eles nos ofereceram o curso e consideramos extremamente importante para que os conselheiros fizessem uma espécie de reciclagem e para que as pessoas que vão entrar para os conselhos agora, possam se instruir a respeito da função”, destacou.

Segundo Leci, as metas da coordenadoria são: fazer com que os conselhos funcionem ou voltem a funcionar; estimular a criação de novos conselhos e desta forma fomentar políticas públicas para a cidade. “O nome desta coordenadoria ainda está em discussão, no entanto as medidas de integração dos conselhos já estão em andamento. Realizamos uma primeira reunião denominada Interconselhos, e pretendemos fazer essa integração de dois em dois meses, para que as pessoas possam trocar experiências, discutir a participação popular e integrar os conselheiros da sociedade civil com os conselheiros do governo”.

Para ajudar neste processo, a pasta também está estruturando a Casa dos Conselhos, que será uma espécie de secretaria geral das entidades. “A casa terá áreas comuns para realização de encontros e dinâmicas, auditório para reuniões, sala com computadores, biblioteca, arquivo e suporte técnico através de alguns profissionais que pretendemos ter, como advogado e contador”, explicou Leci.

Alunos como a presidente da Pestalozzi de Maricá, Maria Aparecida de Carvalho, elogiaram a iniciativa. “Esta é uma grande oportunidade, abro mão de todos os meus compromissos como gestora para estar aqui. Existe uma necessidade muito grande de aprofundar os conhecimentos, passamos sempre tão superficialmente por eles que, quando ouvimos especialistas com a potencialidade que este curso está oferecendo, ganhamos muito mais empoderamento”, afirmou.

O presidente da Federação de Associação de Moradores de Maricá, Eduardo Silva de Souza, falou sobre a importância do curso e sobre o comprometimento que a função de conselheiro requer. “As pessoas se colocam como conselheiras e, em alguns casos, não sabem nem o que estão fazendo lá. O curso motiva a pessoa a se preparar para o que está fazendo ou vai fazer, a função de conselheiro de direito em Maricá não é remunerada, requer doação de trabalho e tempo”, finalizou.

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