Secretários discutem projeto de acessibilidade nas calçadas da cidade - Foto: Fernando Silva

O empenho por calçadas mais acessíveis está mobilizando as secretarias municipais de Maricá. Na última quinta-feira, dia 25, representantes das pastas de Urbanismo, Obras, Segurança, Ordem Publica e Trânsito, Transporte, Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, e Políticas Inclusivas, além do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, reuniram-se com a gerência da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), responsável pela orientação técnica sem custo à Prefeitura, para dar continuidade à parceria iniciada ano passado para realização do Programa Calçada Acessível.

O projeto, intersetorial e apartidário, visa a padronização dos passeios públicos – através da criação de um manual que propõe um projeto de lei – para melhor trânsito de deficientes visuais, cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida, idosos e até mesmo gestantes, sem risco à integridade física.

Esta foi a segunda reunião do grupo com a associação de cimento. A primeira, em setembro, teve a presença do prefeito Fabiano Horta, que deu aval à continuidade. Na terceira haverá um workshop para sensibilização dos servidores envolvidos no processo, incluindo treinos com cadeiras de rodas, bengalas e olhos vendados – experimentando como é estar num local público em situação de desvantagem.

“O manual tem que ser claro e assertivo. Lembrando que todos nós somos pedestres e podemos ser deficiente ocasionalmente”, ressaltou Adyr Motta Filho, secretário municipal de Urbanismo, destacado para coordenar os representantes das demais pastas envolvidas. Outros detalhes, como ciclovias, mobiliário urbano e arborização, por exemplo, também constarão do manual técnico. “Creio na construção de um pensamento diferente pós-padronização, além da obrigação, menos individual e mais coletivo, em que feita a adaptação da calçada o responsável perceba o benefício de permitir a passagem não somente dele, como antes, mas de todas as pessoas”, acredita Sheila da Silva Pinto, secretária municipal de Políticas Inclusivas.

Nas etapas seguintes, segundo Luiz Gustavo Guimarães, arquiteto urbanista do escritório regional RJ/ES da ABCP, serão estudados os termos que constarão do manual técnico que servirá de base para uma proposta de decreto à legislação local, com distribuição impressa em larga escala aos munícipes. Para isso, outras reuniões do grupo serão agendadas para colher sugestões. De caráter participativo, o programa passará, em etapas posteriores, pelo conhecimento de vereadores e entidades civis.

Com 81 anos de existência e presente em 12 capitais brasileiras, a ABCP é uma entidade privada sem fins lucrativos e consultora do Programa Calçada Acessível em 33 municípios fluminenses sem custo para os mesmos, com o objetivo de somar soluções para as prefeituras.

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