
Os atletas Mariana Mello e Pedro Tatuí – que representam a cidade no Brasil e no exterior – participaram de mais um desafio no último domingo, 14/01. Eles nadaram cerca de 7 km entre as Ilhas Maricás e a Praia de Itaipuaçu (na altura da Rua 70). A travessia contou com o apoio da Prefeitura de Maricá e a participação de Ricardo Rato, da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos, para a homologação da prova como oficial.
Durante o percurso, os irmãos tiveram que lidar com a temperatura da água de 19°C, correntes de Sul e ventos de Nordeste (ventos contra), mas nada que os impedisse de concluir o desafio a que se propuseram, alcançando os seguintes tempos: 1h23m41s (Pedro) e 1h32m26s (Mariana).
Árbitro internacional de maratonas aquáticas tendo atuado nas Olimpíadas de Londres e treinador de um importante time carioca, onde inclusive auxiliou os irmãos, Ricardo Rato elogiou os profissionais. “Foi um desempenho bastante satisfatório porque eles não estavam competindo com ninguém, nem forçaram para concluir a travessia e tiveram excelentes tempos. As condições climáticas também foram perfeitas, sem muito sol”, adiantou, antes de completar: “O esporte vive de ícones. Pedro e Mariana são ícones na cidade e com essa ação de hoje (domingo) além de incentivar a juventude sobre a prática esportiva, saúde, responsabilidade e determinação, provam para o mundo que a praia de Itaipuaçu não é perigosa como pensam. Há dias em que o mar está mais calmo e dias que está mais agitado. Isso atrai o turismo e eu tenho certeza que muitos atletas vão me procurar para fazer essa fuga das ilhas”, ponderou.
O árbitro também falou sobre a criação de uma associação para que todos os atletas que queiram fazer o desafio possam pagar os royalties e participar, garantindo também a homologação e a criação de uma prova que não faça parte do calendário, para que a rota posteriormente possa fazer parte inclusive, de disputas internacionais.
Para Pedro Tatuí, sempre passa um filme na cabeça e dá um nervosismo independente da prova. “E na chegada aquela felicidade e sensação de dever cumprido. Hoje não foi diferente. O óculos embaçou demais por causa da temperatura alta e atrapalhou bastante na localização. Por isso, fizemos um pouco de zig zag”, resumiu, ressaltando a importância da travessia. “Nós precisamos explorar o local em que moramos ao invés de ir para outras cidades da Região dos Lagos, atentar para o nosso ecossistema, cuidar das nossas praias, proteger a natureza. Eu já viajei o mundo nadando, mas moro em Maricá há 16 anos e nunca tinha ido à ilha. Então, além de mostrar nossa cidade para os nadadores de fora, eu ganho a possibilidade de fazer o meu em casa. A praia de Itaipuaçu não é aquele monstro, dá para nadar e ter esporte”, declarou.
Acostumada a nadar maratonas de longas distancias – já nadou 88 km três vezes -, Mariana Mello admitiu ter ficado assustada com a temperatura baixa, por ter tido hiportemia na Polonia e no Canadá na mesma temperatura. “Na época, éramos mais magros. Nesse caso, as gordurinhas ajudam. Mas como é a primeira vez que fazemos isso, não sabemos nem ao certo de onde vamos sair. É pra isso que servem também esses eventos testes”, disse minutos antes de entrar no barco rumo às ilhas. “Estamos muito felizes em ver Maricá respirando esporte. A Orla de Araçatiba, por exemplo, está dando um show. Então, vamos nadar, correr, patinar na orla, mas também nadar no mar de Maricá, fazer standup”, finalizou Mariana.