O Cinema Público Municipal Henfil, no Centro, foi palco de duas maravilhosas estreias que levaram um grande público ao teatro no final de semana (16 e 17/12). O primeiro espetáculo, inspirado no texto de Ariano Suassuna, chamado “Torturas de um Coração” arrancou muitas gargalhadas da plateia. Já o segundo, uma releitura da consagrada obra de Chico Buarque, “Roda Viva”, fez a plateia se emocionar com clássicos da MPB. Ambos os espetáculos fazem parte da Oficina de Interpretação, projeto da Secretaria de Cultura.
O ator e diretor da obra “Torturas de um coração”, Renato Neves falou do desafio de trabalhar com atores que pela primeira vez estão subindo em um palco. “Esse espetáculo é o resultado da oficina de interpretação que eu ministro aqui no Henfil aos sábados desde agosto deste ano”, contou Renato. ”Essa é a nossa estreia e o resultado é surpreendente, pois é um desafio, em particular, já que 90% do elenco nunca subiu em um palco”, frisou. “O texto é de Ariano Suassuna, no qual, são 20 atores interpretando quatro personagens, ou seja, cada personagem é vivido por quatro atores diferentes”, explicou o diretor.
O diretor do espetáculo “Roda Viva”, Bruno Marçal, falou que foi um grande desafio montar uma peça inspirada na obra de Chico Buarque. “Pra mim é muito gratificante montar e dirigir uma obra dessas com atores iniciantes e principalmente adolescentes”, contou Bruno. “São quase 30 atores no palco e vale destacar que são todos de Maricá”, completou. “Essa é a primeira apresentação deles e a primeira apresentação dessa montagem o que é muito bom, pois o texto é muito atual e relevante para o momento politico do nosso país”, ressaltou o diretor.
A professora de balé Lilian Mattos, moradora de Niterói e pela primeira vez no Cine Henfil contou que ficou encantada com as duas produções. “Eu achei tudo ótimo. Assistir a duas peças, uma inspirada em Ariano Suassuna e a outra em Chico Buarque é simplesmente fantástico”, elogiou Lilian. “As Interpretações foram de alto nível, os textos muito contemporâneos e o mais inacreditável é tudo de graça”, completou. “O espaço também é muito bom. Infelizmente não temos uma casa como essa em São Gonçalo, onde eu dou aulas de balé”, comparou a professora.
