A cerimônia de entrega do Prêmio Novos Pesquisadores, idealizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Comunicações aconteceu na última sexta-feira (15/12) no Cinema Público Henfil, no Centro. Seis alunos dos ensinos fundamental e médio e seus orientadores receberam um laptop cada um por terem feitos os melhores trabalhos entre os 35 concorrentes. Entre os premiados, os três vencedores do ensino fundamental são de escolas da rede pública municipal. De acordo com a secretaria, os trabalhos estarão disponíveis, em breve, no portal oficial da Prefeitura de Maricá.
O trabalho campeão da Categoria A (fundamental) falou da falta de Informação sobre o uso de contraceptivos entre os jovens de Maricá, e foi realizado pela aluna Ana Nogueira Rodrigues com orientação do professor Igor dos Santos Teixeira, ambos da E.M. CAIC Elomir Silva, em São José de Imbassaí.
A estudante do 9º ano disse que pretende se aprofundar mais em pesquisas. “Foi muito importante participar e mudou muito o meu foco nos estudos, senti que minha responsabilidade aumentou”, avaliou a aluna que tem 15 anos. O segundo lugar ficou com Maria Eduarda Oliveira Silva, aluna da E.M. João Monteiro (do Recanto de Itaipuaçu), que falou sobre o crescimento demográfico da região, e em terceiro ficou o trabalho sobre aproveitamento de alimentos, da aluna Juliana de Brito Quintanilha, da E.M. Darcy Ribeiro (em Inoã).
No ensino médio (Categoria B), o primeiro lugar ficou com Roberta Moraes Marins, do Colégio Estadual Elisiário Matta, que falou sobre monumentos ocultos da cidade. Atrás vieram Mateus Santos de Almeida, aluno do Instituto Federal Fluminense, com uma proposta de implementação de secos e molhados na coleta seletiva, e em terceiro veio o trabalho sobre a reestruturação tecnológica da coleta de lixo, feita pela aluna Carolina Monteiro dos Santos, do Colégio e Curso Prima.
Na abertura da solenidade, o secretário Sérgio Mesquita apontou o prêmio como um foco de resistência neste momento visto como de desmonte da educação e exaltou o esforço dos envolvidos para que virasse realidade.
“Fizemos para que fosse fixado em nosso calendário e conseguimos. Lançamos na mesma época de preparação para o Enem deste ano e, por isso, muitos alunos deixaram de participar. Mesmo com tudo isso atingimos nossa meta, de fixar uma política pública de pesquisa no momento em que o governo federal corta verbas de todos os lados”, ressaltou Mesquita, confirmando uma nova edição do prêmio para 2018.
O subsecretário Marcos de Dios fez questão de exaltar a participação de toda a equipe no projeto do prêmio, além da parceria com o IFF e a Secretaria de Educação. “Esse prêmio nasceu da ideia de incentivar a curiosidade e a pesquisa por parte dos alunos do ensino fundamental e do médio, em qualquer das ciências humanas sobre a realidade do município. Muita gente trabalhou e se empenhou muito nisso e contribuiu para que a gente conseguisse obter esse sucesso”, afirmou ele.