Os alunos da segunda turma da Oficina de Curta-Metragem, da Secretaria de Cultura, recebem os certificados de conclusão no sábado (16/12), a partir das 10h, no Cinema Público Municipal Henfi. No evento, os filmes produzidos pelos alunos serão exibidos.
Wavá de Carvalho, supervisor e professor, deu as últimas orientações sobre o que poderia ser melhorado nas montagens dos curtas, deixando os participantes ainda mais animados para o encerramento.
“O Wavá nos ajudou bastante com toques preciosos e dicas valiosas. Aprendemos demais com ele e essa oficina valeu muito”, diz Rogério Lucena, roteirista da história “Benta, a Escrava Itaocaia”, juntamente com Igor Mattos, que dirigiu, e Ana Vitória e Raquel Martins,  ambas na produção.
Rogério, que mora há cinco anos em Maricá e participou do grupo “Nós do Morro”, no Rio, explica que o tema da escrava, escolhido pela equipe, acabou se mostrando atual, apesar de seu viés histórico (ou por isso mesmo) “porque nos remete à violência contra a mulher, além da miscigenação através do estupro.”
Outro curta que promete agradar é “Carona”, escrito e dirigido por Matheus Marinho, com Julios Costa como câmera e Rafael Silveira e Isabel Silva atuando. “Uma ficção, no gênero suspense, com pegada musical-instrumental”, conta Matheus, que já havia feito um documentário sobre o cotidiano de um vendedor de panos em Realengo “totalmente na intuição”. E agora, com a oficina, diz se sentir mais seguro: “foi muito importante, para mim, o curso, aprendi e descobri muitas coisas que, antes, eu nem me dava conta ou executava sem pensar, no escuro.”
Trabalhando como ator no filme de Matheus, Rafael, por sua vez, é o roteirista e o diretor de “Impulso Violento”, no qual criou um personagem em primeira pessoa, ponto de vista da câmera, passando por situações de preconceito ao longo de um dia. “No fim, essa pessoa, que pode ser um homem, uma mulher, um mulçumano, negro, gay, acaba enlouquecendo”, relata o diretor, que agradeceu o aprendizado: “Um curso de qualidade, oferecido gratuitamente, quanta gente talentosa por aí que não tem essa oportunidade dada pela Prefeitura de Maricá. Estou bem satisfeito”, enfatiza.
Já em “O Engano”, Simone Boechat explora o que Maricá tem de melhor para contar o romance entre um milionário boa-vida que se apaixona por uma negra, mas enfrenta oposição da família. “A solução  que ele encontra é enganá-la, fazendo-a acreditar que seus pais a aceitam.” Para escrever e dirigir o curta, Simone contou com a parceria de Francisco Carvalho e, para representar o casal, com Luciano Ségné e Marlézia Cristine. “Além das locações em que procurei mostrar as belezas da cidade, também fiz questão de usar nos figurinos e acessórios usados pela personagem roupas e jóias exclusivas de artesãos daqui”, diz.

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