Foto: Fernando Silva

Debate e cinema marcaram a 1ª Mostra de Cinema COR (Construindo olhares de respeito) realizado nesta terça-feira (28/11) no Cinema Público Henfil.

Além do documentário “Jurema”, de Clementino Jr, que abriu a mostra, também foram exibidos os filmes “Rainha” de Sabrina Fidalgo; “Das Nuvens pra Baixo” de Marco Antônio Gonçalves e Eliska Altmann; “Tia Ciata” de Mariana Campos e Raquel Beatriz; “O Som do Tempo” de Arthur Moura e “Raça” de Joel Zito Araújo e Megan Mylan. No intervalo entre cada filme a plateia era convidada a participar de debates com a presença de alguns dos diretores das obras apresentadas, entre eles Arthur Moura.

O evento foi realizado pela Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher em parceria com o Conselho Municipal de Diversidade Racial (COMDIR) com o objetivo de debater a diversidade e igualdade entre as raças.

Para André Tertuliano, curador e um dos idealizadores da mostra, é preciso utilizar cada vez mais o audiovisual como ferramenta para debater a diversidade e a igualdade entre raças junto ao grande público. “O público presente aqui hoje é diverso. Muitas escolas do município foram convidadas, a galera do movimento negro está presente e de uma forma geral buscamos chamar muitos jovens, pois acreditamos que a linguagem da mostra dialoga muito bem com esse público”, afirmou André.

“Toda forma de preconceito deve ser combatida e qualquer movimento que contribua para acabar ou diminuir com o racismo é bem-vinda. Esse evento de hoje contribui para isso”, afirmou estudante Luciano Junior, de 17 anos, aluno do CIEP Professor Robson Mendonca Lou.

“Pra mim, um evento com exibição de vários filmes sobre a cultura negra é uma coisa nova”, afirmou o aluno Matheus Ribeiro, de 16 anos. “Nós sabemos que não existe só uma cultura, então esse tipo de iniciativa deveria acontecer com mais frequência. Todos merecem conhecer culturas diferentes, seja ela cultura negra, oriental, indígena, são todas importantes e merecem ser respeitadas”, frisou Matheus.

A jovem Lorena Dirvinato, de 16 anos, moradora de Itaipuaçu, contou que esta é a sua primeira vez em uma mostra de cinema. “É muito bacana ter um festival como esse em Maricá. Estou podendo aprender mais sobre a cultura africana”, afirmou Lorena.

As professoras Luciana Estrela e Ana Paula Ribeira aprovaram a iniciativa e contaram que trouxeram para o evento aproximadamente 25 alunos do CIEP de Inoã. “Todo brasileiro tem sangue negro nas veias e, por isso, acredito que esse tipo de iniciativa é muito importante na luta contra o preconceito”, afirmou Luciana. “Eu percebo que aqui em Maricá há uma preocupação em divulgar a cultura e a história da raça negra. Eu mesma já participei de um projeto que buscava resgatar a memória das mulheres negras que participaram da construção da história do Brasil e hoje poder apreciar um evento como esse é maravilhoso”, elogiou Ana Paula.

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