Foto: Marcos Fabrício

O Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) recebeu na última sexta-feira (24/11) o 1º Encontro Maricá para Todas. O evento organizado pela secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, levou depoimentos de mulheres vítimas de violências que eram relatados após a exibição do documentário “Uma vida sem violência é um direito das Mulheres”. O debate jurídico discutiu o compromisso e atitude com a Lei Maria da Penha pelo fim da violência doméstica contra as mulheres, seguida de uma roda de conversa a respeito do empoderamento feminino.

Entre os debatedores, participaram Inês Pandeló, do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM); Dra. Roselene Sérgio Ribeiro, da Coordenação dos Direitos da Mulher de Niterói; Juliana Póvoa, vencedora do prêmio Inovar Maricá 2015; Dra. Cláudia Lessa  do CEAM e o presidente da Comissão de Defesa da Mulher na Câmara, o vereador Marcus Bambam.

“O encontro foi incorporado ao calendário de ações que compõem os 16 dias de ativismo pelo fim da violência conta a mulher”, explicou a coordenadora de Políticas para Mulheres, Luciana Piredda. “Quando falamos de violência contra a mulher, estamos falando sobre diversos tipos de violências e não somente a violência doméstica, mas também a violência patrimonial, institucional e os vários tipos de abusos”, completou. “Nosso objetivo é justamente abordar todas essas violências e conscientizar as mulheres para que não se calem, reconheçam essas violências e denunciem”, ressaltou Luciana.

Para Mariana Mello, coordenadora de Políticas para Juventude, a proximidade do Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, celebrado no último dia 25, juntamente com os vários casos de violência mostrados diariamente pela imprensa, justificam a necessidade do debate. “Eu acho que toda mulher já passou por algum tipo de abuso. Às vezes não percebemos, mas acontece bem ao nosso lado e por isso trouxemos mulheres, assistidas pela Casa da Mulher de Maricá, para contar suas vivências e como venceram suas dificuldades”, contou Mariana. “Nós queremos muito mostrar a força das mulheres e quebrar alguns preconceitos”, completou.

Cristiane Andrade, de 44 anos, moradora do Flamengo, acredita que as mulheres precisam se unir mais. “As mulheres tem que se unir, se amarem mais e juntas perder o medo de denunciar qualquer tipo de violência”, afirmou. “O homem que agride uma mulher só pode ter se esquecido que nasceu de uma”, completou.

A funcionária pública Jussara Oliveira, de 53 anos, moradora de Inoã, aprovou a iniciativa. “É muito importante para nós mulheres termos um espaço como esse para podermos falar. Com isso vamos estimulando outras a falarem também e, principalmente, a denunciar as agressões”, explica. “O que não pode é permanecermos caladas suportando a violência”, pediu Jussara.

Deixe uma resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here