Foto: Katito Carvalho

Para comemorar o Dia da Consciência Negra, a secretaria de Cultura levou para o Cine Henfil, a exposição Consciência Humana dos alunos do Colégio Estadual Domício da Gama e o espetáculo Alma Cega, que tratou da discriminação sofrida entre mulheres, negros e homossexuais.

A diretora do Colégio, Maria Cristina Monteiro, contou que as telas foram pintadas por alunos entre 13 e 18 anos “ Eles trabalharam o tema nas aulas de artes sobre a ótica da literatura, africanidade, conscientização da miscigenação que existe no Brasil”, explicou.

Já o professor, Perceu Silva falou que a ideia foi fazer com que mais pessoas refletissem sobre o tema. “Antes de pintarem seus quadros os alunos ficaram dois meses construindo e debatendo sobre o tema. Será que precisamos ter consciência negra, não basta só a consciência humana?”, questionou Perceu, antes de completar: “Através da pintura a consciência na visão de cada um é retratada, buscando combater absurdos como o preconceito e a discriminação que o ser humano alimenta”.

Aos 17 anos, a aluna Naiara Pereira da Silveira contou que queria representar a imagem da mulher negra como mãe de todos, independente da cor, raça e religião. “Ela representou a mulher guerreira, lutadora que amamentou toda humanidade, era essa a minha ideia e fui pegando um pouco de cada obra de arte que eu pesquisei, fiz uma mistura. Não esperava que o professor fosse expor meu trabalho para a população ver, mas gostei da ideia. É interessante pra ver o que as pessoas acham do nosso trabalho e saber o que aprendemos na escola”, disse.

A aluna Sandra Magno, 17, gostou muito de realizar a sua primeira exposição.

 “Na minha obra misturei muita coisa. Gosto do cabelo crespo e das flores também, então fui criando e saiu bem colorido. Muito legal ver minha primeira obra exposta. O professor foi maravilhoso”, elogiou

O espetáculo “Alma Cega” de Odemir Capistrano e direção do próprio Perceu, conta com a atuação de Ryan Gago, Heliza Ribeiro, Natalia Figueira, Ingrid Lacerda e Pedro Szigethy.

Para a atriz Heliza, o espetáculo que fala de racismo e homofobia, leva o público refletir sobre os temas. “É uma peça que fala de amor. Acho que o problema da humanidade está na falta dele. As pessoas precisam se amar mais e se respeitar mais”, concluiu.

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