Escritora Thalita Rebouças será uma das atrações da FLIM, que acontece de 24/10 a 01/11 - Foto: Elsson Campos

A Festa Literária de Maricá (FLIM) teve o I Encontro de Educação e Crimes Ambientais realizado na manhã desta segunda-feira (06/11) e contou com apresentação do coral da E. M. Carlos Magno nas canções “Oh Happy Day”, “Aquarela” e filme sobre conscientização do crime ambiental com a trajetória do movimento em defesa ao meio ambiente.

“A ignorância, a irresponsabilidade e a ganância estão levando ao que estamos acompanhando hoje”, disse o professor Marcus Lacerda, que além de sustentabilidade e valores humanos como altruísmo, ética, sinceridade e honestidade, discursou sobre solo, queimadas, ambiente marinho, áreas protegidas de Maricá, agroecologia e impactos ambientais. “Se o solo está contaminado com queimadas e agrotóxicos, estamos envenenando nossos corpos. Por isso, estão surgindo tantas doenças que não existiam no passado”, completou.

Representante do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Rafael Lourenço, falou sobre a fauna e a flora existente no local – localizada entre os municípios de Maricá e Niterói -, unidades de conservação e a lei estadual de crimes ambientais com as sanções aplicáveis, dentre elas: multa simples ou diária, apreensão, destruição ou inutilização do produto, suspensão parcial ou total das atividades e até mesmo prisão.

“Apenas este ano já recebemos em torno de 100 denúncias de ataques contra a fauna (caça de aves; maus tratos; pesca ilegal), contra a flora (destruição ou dano a vegetação; corte de árvores; queimadas; venda, transporte e soltura de balões; carvoeiros ilegais), poluição e outros crimes (poluição híbrida causada por esgoto proveniente de alguma casa; pichação em pedras) ou até mesmo contra a administração ambiental, quando as pessoas dificultam ou impedem o fiscal de exercer sua conduta”, citou.

Pedagoga do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Cristina Vargas, focou na agroecologia tanto no campo quanto no espaço urbano. “A genética da terra é estudada a partir da vida que está nela, seja as plantas, os bichos e as pragas. No sistema capitalista, a terra vale de acordo com o que vai oferecer de retorno, mas a libertação do ser humano não está apenas no direito de ir e vir e, sim, em sua capacidade de pensar e fazer perguntas” declarou, enfatizando as relações com o meio ambiente  no mundo capitalista. “Não adianta plantar muitas variedades de produtos se o camponês só vai vender o que o mercado dita. A agroecologia nos faz refletir sobre o que fazer para mudar essa realidade”, avaliou.

Deixe uma resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here