No segundo dia da “Festa Literária de Maricá” (FLIM), a tenda Café Literário, montada na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, recebeu palestra “Portos, Desenvolvimento e Meio Ambiente”. A pesquisadora e gestora ambiental, Vânia Sanches, do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG-COPPE-UFRJ) contou um pouco da experiência com a pesquisa sobre portos de todo o mundo e levantou a reflexão sobre potenciais benefícios e malefícios na construção de um porto.
“Meu objetivo hoje é discutir o que foi o nosso projeto na área de porto e o que o IVIG já fez na área portuária”, adiantou Vânia Sanches. “Esse estudo é importante, pois mostra um horizonte que talvez as pessoas de Maricá ainda, por não existir o porto, não enxerguem como uma oportunidade”, explicou. “É preciso mostrar e discutir o que pode e o que precisa ser feito em uma relação porto/cidade”, completou.
A professora Fátima Palma, moradora de Cordeirinho, contou que essa foi a primeira palestra que assistiu na FLIM e afirmou que o tema é muito apropriado já que há um projeto de construção de um porto em Maricá. “A palestra foi maravilhosa, excelente, pois trouxe uma doutora e pesquisadora para discutir um tema muito relevante para o nosso município”, disse a professora. “E não dá para falar da vinda de um porto sem pesquisas científicas, com informações importantíssimas de estudos realizados em locais que já possuem um porto”, completou. “Foi uma experiência muito rica para nós começarmos a avaliar e discutir a construção de um porto em Maricá”, finalizou Fátima.
“Se você não pensar no projeto de um porto como um todo pode virar um caos. Por isso, é muito importante esse tipo de trabalho e de pesquisa”, afirmou Sérgio Mesquita, secretário de Ciência, Tecnologia e Comunicações, que participou da palestra. “Existem ferramentas que podem nos auxiliar para que Maricá não vivencie os problemas comuns a outras cidades que possuem um porto e a vontade política é algo muito importante”, completou. “A população precisa participar ativamente, pois é a partir da participação popular que as políticas públicas acontecem”, frisou o secretário.