Foto: Jorge André Batista

Os moradores de Manu Manuela cadastrados na Horta Pública Municipal do bairro, reuniram-se nesta terça-feira (17/10) para tratar dos detalhes sobre a formação em agroecologia que terá início em novembro. O encontro aconteceu na casa do presidente da Associação de Moradores e Amigos do Manu Manuela, Edvaldo Martiniano, e contou com a presença de representantes da Secretaria de Economia Solidária, da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), e da Cooperativa de Trabalho e Assessoria aEmpresas Sociais de Assentamentos de Reforma Agrária (Cooperar), que vai realizar a capacitação.

O secretário de Economia Solidária, Diego Zeidan acompanha o processo de implementação da Horta de Comunitária e considera que o início da formação é de suma importância para o desenvolvimento de práticas agroecológicas na Cidade. “A experiência vai estimular outros bairros a aderirem ao projeto de Hortas Comunitárias em áreas públicas”, avalia.

A engenheira Florestal Patrícia Tavares, que vai ministrar a capacitação, citou a importância da Unidade Agroecológica, que é demonstrativa e já tem sido utilizada pelas escolas da rede pública municipal para práticas formativas junto aos alunos. “Somos aqui como um raio de sol que ilumina outras experiências”, ressaltou.

Vinculada à Cooperar, Patrícia aproveitou para afirmar que a horta, onde já foram realizadas várias colheitas, será onde ocorrerá a formação de campo. Citou ainda alguns projetos bem sucedidos no Rio de Janeiro e na cidade de Sete Lagoas (MG), onde a horta comunitária agroecológica, em terra pública, já tem mais de 30 anos.

Patrícia apresentou os três blocos que serão discutidos durante o curso de capacitação. O primeiro tratará justamente sobre a agroecologia e suas formas de plantio, sementes e irrigação entre outros conteúdos sobre o cultivo. No segundo, serão debatidos autogestão, sistemas de cooperativas e associações. E no terceiro momento serão debatidas diferentes estratégias de comercialização Solidária. Um dos exemplos lembrados são os sistemas populares de abastecimento.

Tiago de Paula, da Codemar, apresentou os avanços na implementação da estrutura necessária para o início efetivo do cultivo agroecológico no terreno.

A água para irrigação é uma das principais preocupações dos futuros agricultores/as e dos técnicos/as da Cooperar. Ficou definido que este será um dos temas de debate no processo formativo para que o coletivo se organize na busca de estratégias para além do poço que será disponibilizado pela Prefeitura.

Para o morador e futuro agricultor Valdeci Peres, 42 anos, participar deste projeto é uma experiência fantástica. “Hoje tenho em casa apenas algumas abóboras. Com esta iniciativa vou poder ampliar minha plantação com outras culturas e ganhar um dinheiro extra”, comenta.

Foto: Jorge André Batista

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