O trânsito seguro foi o tema da palestra ministrada nesta terça-feira (03/10), no Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU), na Mumbuca, pelo chefe do serviço de educação para o trânsito do Detran/RJ, José Batista, para cerca de 50 motoristas de veículos de passeio e caminhões que prestam serviço direta ou indiretamente à Prefeitura de Maricá.
Entre os assuntos abordados, a direção defensiva, o condutor defensivo (que deve estar sempre alerta, examinar a via, usar os sentidos para detectar situações de perigo, descobrir o que vai fazer e agir corretamente a tempo em 3/4 de segundo), o que tira a concentração ao volante (bebida, drogas, discussões dentro ou fora do veículo, além de ouros itens. Não repousar oito horas no mínimo por noite, uso de medicação, assistir televisão ou DVD ao volante, e o tempo adequado para assumir o volante após a ingestão de álcool (ideal de 12 horas) também foram citados.
Segundo o secretário de Administração, Marcio Leite, a capacitação é destinada a todos os motoristas que atuam no serviço, tanto contratados quanto terceirizados da empresa de locação. “Esse é mais um esforço do prefeito Fabiano Horta para tornar o trânsito da cidade mais solidário através de um curso de reciclagem numa parceria com o Detran”, avaliou. “Como poder público, nós temos a preocupação de dar exemplo. Então, os motoristas que prestam o serviço têm que ser esse exemplo. Quando alguém da população vê um carro plotado, identificado como da Prefeitura, ele tem que esperar que o carro cumpra com todas as normas de trânsito com respeito ao pedestre, como parar no sinal, não entrar em rua proibida. É esse sentimento que o prefeito quer resgatar na cidade”, explicou.
“Conhecimento todos aqui tem, porque são habilitados. Então, não precisamos entrar com muitos detalhes. Mas fazer com que fiquem mais atentos sobre o que sabem e não fazem, porque se eles sabem o que é certo e não fazem, é porque querem e não por falta de conhecimento e isso é negligenciar. Cada um de nós tem que tomar a decisão de fazer o que é melhor e certo. Eu não posso permitir que um condutor entre na contramão com um carro adesivado. É a minha escolha que vai fazer a diferença no trânsito e é ela que vai influenciar na minha vida”, refletiu, lembrando que tudo na vida depende de uma escolha, seja no casamento, no time ou no trabalho. “Você paga com sua vida, com o corpo quando fica mutilado e com multa. Quando tivermos uma população consciente não teremos mais multas”, concluiu José Batista.
Ainda de acordo com o educador, dados da seguradora responsável pelo pagamento dos seguros (DPVAT) confirmam que o trânsito é responsável por 45 mil mortes por ano – 18 mil motociclistas e 11 mil pedestres. “E segundo o Ministério da Saúde (SUS), esses acidentes causam em torno de 170 mil internações, gerando gastos de R$ 230 milhões em despesas com vítimas. Esse número aumenta a cada dia e somos nós que pagamos por essa despesa toda através dos nossos impostos. Então, temos uma grande responsabilidade”, pontuou Batista.
Aos 27 anos, Vitor Amaral falou sobre a responsabilidade de conduzir um carro oficial. “Temos isso por sermos motoristas da Prefeitura, pela maneira como nos comportamos no trânsito e pela obrigação de estar com a atenção redobrada. Mas somos muito cobrados por estarmos dirigindo um carro oficial. Essa responsabilidade não é só nossa como motoristas e sim de todo o povo de Maricá”, ponderou.
Para o motorista Valter da Cruz Vieira (55 anos) a capacitação foi satisfatória. “Essa palestra é muito importante para ficarmos mais atualizados porque hoje o trânsito é muito perigoso, principalmente para os pedestres. Tem que ter muito cuidado com eles, senão acontecem acidentes. Uma coisa muito importante que se falou também foi sobre o celular. Tem que ter uma punição cada vez melhor para o cara se educar ainda mais. Dirigindo eu não posso atender ao telefone, a não ser que eu encoste o carro”, destacou.
Valter também falou sobre o respeito. “As pessoas têm que nos respeitar como motoristas, porque somos nós que temos a responsabilidade de transportar todos que trabalham na Prefeitura com segurança. Uma troca de educação é fundamental até para quando nos vêem colocando o cinto de segurança, para que possam colocar também”, completou.
Durante a capacitação houve exibição de vídeo e teste do bafômetro após dois motoristas terem ingerido bombons de licor.
