Prefeitura está com 30 vagas abertas para curso de Auxiliar de Padaria no polo de Inoã - Foto: Katito Carvalho

A Secretaria de Trabalho – que contratou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) – está oferecendo novas vagas para os cursos profissionalizantes de Operador de Maçarico e Auxiliar de Padaria. No primeiro, há 40 vagas disponíveis (20 no turno da tarde e outras 20 à noite) no novo pólo de aprendizado do Condado, que fica no quilômetro 31 da rodovia RJ-106. O outro tem abertas outras 30 vagas (15 para cada turno) no pólo que funciona no caminhão do Senai estacionado atrás do posto de Saúde da Rua Niterói (na altura do km 15 da rodovia), em Inoã. Os interessados podem procurar um desses pólos para se inscrever, munidos de documentos como RG, CPF, comprovante de residência e escolaridade.

Em ambas as unidades, os cursos em andamento estão chegando ao final com um índice de satisfação elevado. No Condado, chama a atenção a participação das mulheres entre os alunos. Uma delas é a técnica em segurança do trabalho Cleide Ribeiro, de 47 anos. Casada e com duas filhas, ela está em seu segundo curso de qualificação e diz que pretende aproveitar a retomada das atividades do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. “Fiz o curso de tubulação e gostaria de uma vaga no Comperj ou no porto de Jaconé, que está a caminho. É uma chance de aprimorar meu currículo e me aperfeiçoar”, ressaltou ela, que mora na Mumbuca. O professor Rafael Alves destaca a dedicação de seus alunos. “O índice de faltas aqui é praticamente zero. Muitos estão se aprimorando e outros querem isso para a vida toda, por isso o esforço. Muito bom trabalhar assim”, disse o professor.

Os alunos do curso de auxiliar de padaria, este com predominância feminina, também mostram o bom ambiente em que estudam. “O entrosamento é bom porque é uma descoberta para todos. Eu mesma já tenho minhas encomendas de bolos”, vibrava Germana Cristina Brito, de 43 anos, que atua como cabeleireira e está se iniciando no novo ofício. Já a colega Maria Beatriz Nunes afirma que a personalidade de cada um se soma ao aprendizado. “Cada pessoa aqui tem seu toque pessoal aliado à técnica, o que só acrescenta na qualidade dos pães”, aponta a gaúcha de 73 anos, que mora em Itaipuaçu. Para o professor Gevenaldo Soares, o segredo está na coesão. “Todos trabalhamos como se fosse uma sociedade. Esse é o tom desde as aulas teóricas até a parte prática”, descreveu.

Em outro curso ainda por abrir vagas, o de Pintura de Paredes (este no pólo de Itaipuaçu), o destaque é o próprio professor. Muito querido pelos alunos, Braulir Bernardo Filho afirma que procura sempre incentivar todos a buscar a melhoria de suas histórias de vida, como ele mesmo faz. “Tenho de mostrar a eles que são todos capazes através do meu próprio exemplo. Comecei a dar aulas aos 47 anos e hoje, perto de completar 60, vou entrar na faculdade”, revelou ele.

Entre seus pupilos, há desde aposentados e jovens começando a vida profissional como a atendente de lanchonete Amanda Gomes, de 21 anos. Moradora do Recanto, ela conta que se surpreendeu com a complexidade do curso. “Não é simples como eu pensava que era, mas estou gostando de aprender. Pretendo fazer outros cursos e quero ir mais longe ainda”, empolga-se ela, que pretende cursar Engenharia Civil.

Para o bancário aposentado Márcio Ribeiro, de 68 anos, o curso foi uma forma de resolver pequenos problemas caseiros de forma eficiente. “Aprendi a aplicar massa corrida nas paredes e já vou fazer o curso de ‘dry wall’. Além da satisfação, virou também uma alternativa de renda para mim, porque posso fazer reparos e alguns serviços na vizinhança”, projeta o morador de São Bento da Lagoa.

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