A solidariedade do cidadão maricaense trouxe mais uma vez o Hemorio ao município. Nesta sexta-feira (18/08), com apoio da Prefeitura, o instituto colocou a disposição dos doadores duas equipes de coleta de sangue, sendo uma em Itaipuaçu (no CEIM Valéria Passos) e outra no Centro (CEM Joana Benedicta Rangel). Sob o slogan “Doar Sangue é Compartilhar Vida”, a ação, com capacidade para coletar até 120 bolsas de sangue em cada uma das unidades, mobilizou a população e foi considerada um sucesso.
“Isso que está acontecendo aqui em Maricá hoje é o máximo”, afirmou a primeira dama Rosana Horta. “Nós sabemos o quanto é importante a doação de sangue, pois o que as pessoas estão fazendo aqui é salvar vidas e para mim tudo que envolve a vida é prioridade”, completou. “Ter dois eventos como esses acontecendo no mesmo dia em nossa cidade é ainda mais especial”, frisou Rosana Horta.
“Hoje, apesar do mau tempo, quando nós chegamos a Itaipuaçu já tinha gente na fila e isso demostra a vontade das pessoas em querer fazer o bem ao próximo”, analisou o coordenador de Humanização da Secretaria de Saúde, Jessé Paz. “Soubemos que os pais dos alunos aqui da escola se dedicaram e divulgaram sobre a coleta de hoje nas redes sociais, ou seja, se a gente der uma ferramenta de compaixão e de altruísmo as pessoas correspondem e a doação de sangue é uma questão que desperta essa sensibilidade nas pessoas”, completou. “A partir de agora nós vamos focar no projeto da “Caravana Solidaria”, que consiste em realizar uma pré-seleção de doadores em potencial e o transporte (ida e volta) dessas pessoas para o Hemorio. A ideia é fazer eventos esporádicos, mas também ações direcionadas. Faremos um cadastro, para dar celeridade a esse processo, que deve começar a acontecer até o final deste ano”, explicou Jessé.
Doando sangue pela primeira vez o jovem Johnny Quintanilha, de 18 anos, morador do Flamengo, afirmou que sempre esperou pela oportunidade de poder ajudar em campanhas como essa. “Eu sempre acompanho o site da Prefeitura para saber sobre esse tipo de evento e infelizmente não pude comparecer na campanha anterior”, afirmou Johnny. “Nunca fiz tatuagem e nunca furei a orelha justamente porque sempre tive essa vontade e a meta agora é poder a cada três meses voltar a doar”, ressaltou. Já a senhora Janete da Costa, de 48 anos, moradora do Centro, contou que essa é a sua terceira vez como doadora e falou que sua motivação é ajudar ao próximo. “Eu vi na internet sobre a campanha e me programei para estar aqui hoje. É muito importante participar e poder ajudar a quem precisa”, explicou Janete.
De acordo com o médico Evandro Ramos, profissional do setor de atendimento ao doador do Hemorio e responsável pela ação de coleta externa de doação de sangue, presente na E.M. Joana Benedicta Rangel, eventos como o que está sendo realizado em Maricá tem proporcionado uma aproximação do doador com o Instituto, e com isso, tem sido possível aproveitar uma grande quantidade de bolsas de sangue, possibilitando assim, suprir o estoque sempre insuficiente do Hemorio.
“O ideal seria trabalhar com uma quantidade muito maior de bolsas do que o estoque que nós temos, mas devido a questões de logística e protocolos é mais difícil realizar trabalhos de coletas em lugares mais distantes, por exemplo, como Maricá”, explicou Evandro. “Mas no geral quando realizamos esse tipo de ação nós temos uma boa adesão da população”, destacou o médico. Ainda de acordo com o profissional, a coleta não é muito extensa, no que se refere ao tempo, pois há procedimentos que precisam ser seguidos para garantir que a qualidade da bolsa de sangue não seja comprometida.
