Diagnóstico da área urbana dos Cajueiros, em Itaipuaçu, foi apresentado na audiência pública - Foto: Clarildo Menezes

Com o objetivo de apresentar um diagnostico de “Patologias Urbanas” da área dos Cajueiros aos moradores do bairro de Itaipuaçu, a Prefeitura de Maricá realizou a primeira de três audiências públicas na noite da última quarta-feira, 16/08, na Escola Municipal Oswaldo Lima Rodrigues que fica na Estrada dos Cajueiros. Aproximadamente 70 pessoas, entre moradores e comerciantes participaram do encontro, que ao final, foi aberto para que cada um dos presentes pudesse fazer perguntas e manifestar suas colocações a respeito do material apresentado e de futuros empreendimentos a serem construídos no local.

“Essa primeira etapa é de um diagnostico, um retrato da região e da cidade. A segunda etapa será para apresentar os cenários possíveis, ou seja, se a legislação permanecer da forma que é hoje como é que essa área estará daqui a dez anos e também se nós aplicarmos determinados instrumentos da política urbana, que chamamos de cenários induzidos, como é que essa área também estará daqui a dez anos. E, a terceira e última etapa será elaborar as diretrizes para que seja feito o projeto de lei”, explicou assessor jurídico da Secretaria de Urbanismo, André Castro.

Ainda de acordo com André, esse primeiro processo é embrionário. É um momento de experimentação que ajudará inclusive para a revisão do “Plano Diretor”, que é o instrumento básico da política de desenvolvimento do município. “Saindo daqui iremos transcrever toda a audiência pública, analisar e sistematizar todas as informações e estas serão incluídas ao diagnostico que foi apresentado com base nas informações técnicas e vão ser utilizadas para construir as propostas dos cenários possíveis. Que serão objetos de oficinas e das futuras audiências públicas”, concluiu André.

“O diagnostico tem como principal objetivo entender qual a dinâmica e qual é a realidade sócio territorial em duas escalas, Maricá como um todo e a região de Cajueiros com os bairros em seu entorno”, frisou o consultor e analista Luiz Felype da empresa Tetra Tech, responsável por montar e apresentar o diagnostico ao publico presente na reunião a pedido da empresa Alphaville que pretende investir no local. “O trabalho agora é identificar a realidade da cidade para que possamos saber quais tipos de empreendimentos podem ser realizados aqui, mas essa é a última etapa, que deve acontecer nos próximos dois meses, mas antes de pensarmos as soluções, primeiro precisamos saber o que é Maricá hoje, para só depois pensar na estratégia de ocupação”, afirmou Luiz Felype.

Dentre as sinalizações e contribuições feitas pelos moradores foram levantadas questões como iluminação pública, saneamento básico, água e esgoto, mobilidade e, principalmente, uma preocupação com uma possível “favelização” da região devido a ocupações irregulares e construções sem controle. “Eu sou favorável a qualquer tipo de construção imobiliária como este projeto do Alphaville, pois precisamos evitar que a ocupação irregular aconteça”, afirmou o comerciante Gustavo Ferreira, morador há 20 anos do bairro. “Eu não quero que nossa Maricá e principalmente Itaipuaçu vire uma espécie de “baixada-fluminense com praia”. Eu prefiro que a Prefeitura com grandes empreendimentos façam as obras de urbanização e a nossa cidade cresça com qualidade e que o patrimônio de todo mundo aqui valorize”, concluiu o comerciante.

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