
Maricá sediou um dos jogos da terceira rodada do Campeonato Estadual de Corfebol. A disputa entre a equipe Viver Bem (São José do Imbassaí) e a equipe Rio – que é a base da Seleção Brasileira e representa o país em mundiais – aconteceu no último domingo (06/08), no Complexo Esportivo Leonel Brizola (Flamengo).
Coordenador do “Programa Viver Bem”, Rogério Peixoto explicou que o “Viver Bem” era um projeto gerido pela Secretaria de Esportes, mas em junho, foi incorporado pela Secretaria de Saúde à Coordenadoria de Bem Estar e qualidade de vida. “O corfebol ajuda no desenvolvimento do equilíbrio, no condicionamento físico, no batimento cardíaco e na integração das crianças, além de diminuir o estresse e dar experiência a eles”, explicou.
No jogo, dividido em dois tempos de 25 minutos, cada equipe conta com dois homens e duas mulheres que jogam intercalados entre o time da defesa e o time do ataque. Assim, quem está atacando passa a trabalhar na defesa.
Apesar de ser um esporte misto, homem só pode marcar homem e mulher só pode marcar mulher. Se acontecer o oposto, é marcada falta. Estaturas diferenciadas – altos e baixos – não fazem diferença na partida, já que só vale o arremesso de quem estiver livre. Além disso, durante as partidas, só são permitidas oito substituições; cada cesta vale um ponto e à cada dois pontos, as posições são invertidas.
Novo esporte
Aos 14 anos, Maria Eduarda Campos, contou que conheceu o esporte, fez uma aula e gostou. “Eu percebi que poderia levar o esporte para frente. A oportunidade de participar de um campeonato, por exemplo, é muito importante porque é ranking, então você tem que fazer ponto para se classificar, além de permitir que você faça amizades e ganhe experiência”, disse.
Amigo de equipe, João Vitor Moura, 12 anos, completou: “Participar de um campeonato nos permite evoluir à cada dia. Isso é muito bom”, resumiu.
Para Ana Carolina Azevedo, 23 anos, estudante de Educação Física, o projeto é a oportunidade de conhecer o esporte, mas que também pode ajudar em sua área. “Participar de um campeonato me ajuda a evoluir dentro do esporte e futuramente, pode me ajudar caso eu queira me tornar uma treinadora”, contou.
Mãe e filho no mesmo time
Também faz parte do time Jonathan Pereira, 18 anos, que joga ao lado de sua mãe e tia, mas isso não é problema para o jovem. “Isso nunca foi um problema para mim. Acho até bom, porque faz com que minha mãe veja como eu jogo. E participar de um Campeonato Estadual, além de representar Maricá que é a cidade onde moro, me dá possibilidade de aprender mais sobre o esporte através da experiência dos outros jogadores dos demais times”, avaliou.
Inexperiente, a equipe de Maricá foi derrotada por 19 a 0. Apesar disso, segundo o técnico da equipe, Vinícius Gama, a atuação da equipe foi muito boa. “O placar realmente é elástico. Eu esperava que a diferença fosse menor, que tivesse cesta, mas a bola não estava entrando. Essa é uma equipe inexperiente, que conseguiu se deslocar e arremessar várias bolas enfrentando uma equipe super experiente”, pontuou.
Técnico e professor, Vinícius é atleta de corfebol da seleção, inclusive federado pela equipe do Rio. “Nesses casos específicos, eu não atuo pelo Rio Corfebol, eu sou Maricá. Agora eu tenho como objetivo fazer com que Maricá tenha um desenvolvimento nesse esporte e esteja até ano que vem com uma equipe competitiva, que tem bons atletas para fazer frente”, afirmou.
Preparação para Campeonato Brasileiro
Questionado sobre uma partida do campeonato na cidade, Vinícius responde: “Além de desenvolver o esporte na nossa cidade, a gente consegue dar mais visibilidade para os alunos que começaram agora e estão tendo outra visão do que é amizade, trabalho em grupo e desenvolvimento técnico”, concluiu.
Atleta da equipe Rio, o jogador Daniel Riveline, 33 anos, que atua no esporte há 15 anos ressaltou o desempenho e força de vontade dos adversários: “Felizmente o campeonato está crescendo e todo ano entram equipes novas de formação como a equipe de Maricá que tem muitos jovens. É normal que uma equipe mais experiente vença. Infelizmente a equipe de Maricá não marcou ponto, mas passou perto várias vezes e se continuar nesse caminho, com força de vontade e a garra que a gente vê que eles têm, vai conseguir resultados. Porque o esporte é muito uma questão de resultado. Eles tem muito a crescer, e no que precisarem, estou aí para ajudar”.
Na próxima rodada, uma nova partida acontece na cidade. Paralelo a isso, a equipe Viver Bem se prepara para o Campeonato Brasileiro que acontece em outubro em São Paulo.