Peça mistura poesia e humor para fazer o público refletir sobre o verdadeiro significado da felicidade - Foto: Fernando Silva

“Felicidade” foi o tema do espetáculo performático no estilo teatro de rua encenado na última sexta-feira, 28/07, no Cinema Henfil (Centro) pelo grupo Guapoz (Recreio/RJ). Criada através de laboratório com os próprios atores e inspirada nas ocupações que aconteceram no Rio de Janeiro, a peça mistura poesia e humor para fazer o público refletir sobre o verdadeiro significado da felicidade.

Segundo o diretor Fernando Dias, que também atua como ator, “a história se baseia num bando de ocupação sentimental urbana formado por andarilhos que invade vários espaços públicos. Eles levantam questionamentos sobre o tema, além de questões internas e do próprio dia a dia, interagindo o tempo todo com a plateia. Com isso, além de receber informações, as pessoas criam um olhar mais poético sobre a vida. Então, fazer isso é maravilhoso”, declarou.

No final do espetáculo, Sarah Christina Carvalho, que também divide a direção e o palco com Fernando Dias, se emocionou. O motivo, segundo ela, foi felicidade. “Eu acho que a função do teatro é tocar o outro. Então, quando você vê que seu objetivo foi alcançado, que houve uma troca verdadeira, não há presente melhor do que lágrimas de felicidade. Quando a gente faz o que a gente ama, tem que agradecer todos os dias. A receptividade do público foi maravilhosa. Maricá é incrível, está de parabéns e é um lugar feliz”, resumiu.

Emocionado, o coordenador do Cinema Henfil e da produção cultural, Perceu Silva declarou: “Felicidade pra mim é isso. É morar num município onde a gestão pública dá esse incentivo para a gente. É ter uma Secretaria de Cultura atuante onde a gente possa trabalhar teatro aqui, mas também no CEU e nas comunidades, descentralizando as apresentações”, disse.

Secretária de Cultura, Andréia Cunha falou sobre a pasta estar proporcionando uma verdadeira transformação na cabeça da comunidade maricaense pela questão da acessibilidade às atividades culturais de graça, num espaço público. “A demanda foi muito grande e os espetáculos apresentados sempre com casa cheia, lotada”, explicou.

Quando o assunto foi a grande procura durante o festival, a secretária falou que promover um festival é estimular as pessoas para as criações de suas próprias companhias de teatro, para a formação de atores, atrizes e diretores dentro da cidade. “O objetivo é que a gente continue o governo inteiro com peças teatrais na cidade, porque não tem como a gente fazer apenas uma temporada, é um fomento para que a arte tão expressiva que mexe com a alma das pessoas permaneça”, concluiu.

O vendedor Jorge Gikel, 37 anos, morador do Parque Nanci, concordou. “Essa oportunidade de cultura para a gente, para a família e as crianças é muito boa. Nós viemos vários dias à noite e uma das peças que eu mais gostei foi ‘A era do Rádio’. Foi fantástica”, disse.

Aos 72 anos, Maria Luiza Freitas, moradora de Búzios, estava em Maricá por causa do filho e da nora que participam do festival e admitiu não ter se arrependido. “O povo precisa de momentos como esse para melhorar a autoestima e vestir a camisa da sociedade. É importante que as pessoas se sintam envolvidas nesse processo do coletivo. Esses eventos são importantes para formar plateias, formar uma consciência coletiva de amor ao que é nosso”, afirmou, antes de elogiar os moradores e governantes da cidade. A receptividade do povo dessa cidade é ótima. Senti o ar da cidade que é muito gostoso. Maricá é linda geograficamente. A prefeitura está de parabéns. A parceria é sucesso absoluto. Está aí a prova”, ressaltou.

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