Prefeito Fabiano Horta participou na cerimônia de homenagens no Cinema Henfil, palco do festival - Foto: Clarildo Menezes

Durante dez dias Maricá viveu a magia do teatro com o 39º Festival da Fetaerj – Prêmio Paschoalino 2017 – em parceria com a Prefeitura de Maricá por meio da Secretaria de Cultura. Pelo Cine Henfil passaram mais de 4 mil pessoas de todas as idades, gêneros, credos e etnias. Todos com um só objetivo: ver de perto os 14 espetáculos apresentados que passavam do drama à comédia, do suspense ao inusitado, da fantasia que encantou crianças e adultos à temas que fizeram muita gente voltar ao passado.

Ao assistir o espetáculo “A Era do Rádio”, Ricardo Pio, de 73 anos, morador e ator em Maricá declarou emocionado. “Voltei à minha infância, quando escutava a Rádio Nacional. Como é bom reviver essa parte da minha vida”, disse. Emoções como esta também foram levadas a mais de 500 pessoas de alguns bairros da cidade como, Itapeba, Bambuí, Inoã e Itaipuaçu.

No sábado (29/07) aconteceu a cerimônia de encerramento do Festival, no Cine Henfil com esquetes teatrais e apresentações de street dance com o grupo New Style Dance Company. Os artistas agradeceram a cidade pela acolhida e o público respondeu lotando mais uma vez o espaço. “Que bom ver Maricá respirando cultura. Fico feliz de não precisar sair daqui para proporcionar isso aos meus filhos de 5 anos e 1 ano”, disse a fisioterapeuta Carla Fernanda Nanci.

O prefeito Fabiano Horta, a primeira dama Rosana Horta e a secretária de Cultura Andrea Cunha participaram do evento que reuniu homenagens e entregas de prêmios. “Quero agradecer a presença de todos da Fetaerj, das companhias de teatro aqui presentes e dos artistas da nossa cidade por esses dez dias inesquecíveis de troca entre pessoas de todo o estado”, afirmou o prefeito. “Esse movimento cultural é muito importante para Maricá. Vimos aqui gente diferente, gêneros teatrais variados e um movimento cultural que contagiou o cidadão de Maricá e o trouxe para o teatro”, prosseguiu. “Teatro é alma e as pessoas estavam aqui com a alma. A população de Maricá abraçou o Festival e isso se confirmou com os espetáculos lotados. Maricá agradece por esse sentimento de alegria proporcionado através da magia do teatro e que se fez presente em toda a cidade”, agradeceu o prefeito.

Uma das homenagens mais emocionantes foi ao professor José Carlos de Almeida e Silva, falecido em 2012. Ele foi um dos fundadores do primeiro grupo atuante de teatro em Maricá, o Djota. Ator, diretor, figurista e morador do município, José Carlos teve a sua contribuição ao teatro da cidade e do Estado aplaudida pelos amigos e familiares. As filhas Carla Fernanda Nanci e Carla Patrícia de Andrade e Silva receberam o troféu.

Para o presidente da Fetaerj Pablo Rodrigues, o festival em Maricá foi muito intenso. “As pessoas da cidade nos receberam de braços abertos e feliz de um povo que tem um governo que pensa a cultura com seriedade e respeito como vimos aqui. Enquanto o Rio de Janeiro e outras cidades da região estão com fome de cultura, Maricá vai na contramão e mostra que com vontade política é possível fomentar a arte na cidade e oferecê-la aos cidadãos”, afirmou Pablo. “Desde maio, quando implementamos o projeto ‘Maricá em cena’, percebemos que a cidade estava com sede para o teatro. Não só nas apresentações no Cinema Henfil, mas também nas comunidades e oficinas”, declarou a secretária de Cultura, Andrea Cunha.

O ator e diretor Alexandre Damascenas, de Itaguaí, declarou que alguns podem até achar que colocar asfalto em uma rua seja mais importante do que ofertar a cultura, mas se esquecem da mudança que a arte pode causar nas pessoas. “Realmente a cultura não melhora saneamento, não melhora o asfalto nem a saúde, mas a cultura transforma as pessoas e pessoas mudam o mundo”, afirmou.

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