Imagem da apresentação e dos Moradores do Saco das Flores assistiram ao filme A Máquina no projeto Cine Henfil em Movimento
Filmes "Até que a sorte nos separe" e "Eu e meu guarda-chuva" serão exibidos próximo ao DPO - Foto: Divulgação

O projeto “Cine Henfil em Movimento” da Secretaria de Cultura, chegou ao Saco das Flores no último domingo (09/07). A iniciativa levou aos moradores a possibilidade de assistir gratuitamente e pertinho de casa à exibição do filme “A Máquina”. Com 1h30 de duração e indicado para a família, o filme brasileiro atraiu o público infantil. Coordenadora de audiovisual da secretaria, Mariana Figueiredo falou sobre a tecnologia usada pelo projeto na cidade, seguindo o modelo europeu. “Maricá é o primeiro município a realizar no Brasil este projeto de cinema itinerante com tela de LED”, declarou, revelando que os locais escolhidos foram mapeados para que os moradores de comunidades mais carentes com grandes problemas sociais tivessem acesso à cultura.

“Eles não tem acesso às atividades culturais. Então estamos trazendo esse acesso a eles. Estamos encontrando uma certa dificuldade para que as pessoas entendam esse processo, gostem de sentar e assistir um filme”, analisou. “Mas é preciso começar de algum ponto. Não é do nada que vamos lotar as nossas exibições. É algo que é construído”, completou a coordenadora. Sobre a programação, Mariana explicou que foram selecionados filmes que retratam o sertão brasileiro em função da época, período de festa junina. “Todos os filmes são passados no interior do Brasil”, concluiu.

Moradora do bairro, Cláudia Cristina Martins (50 anos) assistia atenta à exibição. A dona de casa contou que parou de trabalhar para cuidar dos netos e que por conta deles estava ali. Uma delas, Sara (6 anos), acabou ficando surda e muda após uma meningite, mas está fazendo tratamento. Com a ajuda de um aparelho e tratamento está conseguindo ouvir e reaprendendo a falar, e era uma das mais atentas. “Para mim, é muito importante ter esse tipo de atividade porque dá uma ocupação para as crianças. Ainda agora estava cheio, mas aí começou a ficar frio, a ventar e muitas foram embora”, contou, acrescentando que se não fosse o projeto as crianças não teriam o que fazer. “Aqui não tem nada e para sair daqui e ir para longe acaba ficando caro porque tem que pagar para os adultos também. Aí, elas não vão mesmo”, disse, garantindo que, sempre que o projeto estiver em seu bairro, ela e os netos serão presença garantida na plateia.

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