Representantes da rede socioassistencial discutiram ações do setor na Casa Digital - Foto: Divulgação

Com o intuito de analisar os pactos acordados nas reuniões realizadas até agora e trocar sugestões para um melhor funcionamento das políticas públicas no município, foi realizada nesta quarta-feira (05/07), mais uma edição do fórum “Tecendo a Rede”, na Casa Digital. O fórum foi criado em 2013, pela Secretaria de Assistência Social, através da equipe do Cras São José, para pactuar fluxos entre os diversos equipamentos da Prefeitura e demais entidades. O encontro, que teve início às 9h, contou com a presença de todos os profissionais da rede socioassistencial, bem como das instituições da sociedade civil.

O debate foi aberto com uma avaliação de alguns profissionais sobre as dificuldades de articulação das equipes de ponta dos Cras e Creas para realizarem encaminhamentos ou receber a contra referência. “Seria interessante definir representantes oficiais dos secretários para estarem sempre presentes neste fórum. Assim, ficaria mais prático consolidar o trabalho intersetorial e potencializar os trabalhos com os usuários”, disse Nelma Azeredo, Assessora Especial da Assistência Social.

A subsecretária da Assistência Social, Laura Costa, explanou sobre a alta demanda de casos de negligência em regiões mais afastadas das áreas de alcance das políticas públicas, como pessoas acamadas, crianças sem vacina ou violentadas, pais alcoólicos ou com problemas de saúde mental, encontradas pelo novo equipamento da pasta, o Serviço de Atenção Domiciliar ao Deficiente. “Devemos, urgentemente, fazer um relatório de cada caso encontrado e buscar uma rápida solução para que se haja um amplo atendimento territorial”, declarou Laura.

A psicóloga do Cras Ceu, Joanna Soares, sugeriu um novo mapeamento das áreas de abrangência dos Cras e PS/PSF para que seja facilitado o acesso dos usuários. Também sugeriu que profissionais da ponta como professores, orientadores educacionais e pedagógicos, agentes comunitários, entre outros, possam participar do fórum e apresentar ou buscar soluções das demandas reprimidas.

A coordenadora das OPs e OEs e psicopedagoga, Flavia Monteiro, relatou sobre o sucesso do projeto Tecendo a Rede em outros municípios comentado nas apresentações do Plano Decenal Municipal de Educação. “Após a equipe de trabalho ter revisto todas as insuficiências diante o quadro atual do município, foi organizado um novo plano decenal e um dado que tem chamado muita atenção em outros municípios e visto até como um exemplo a ser seguido, é o trabalho promovido pelo Tecendo a Rede”, analisou Flavia. “Maricá é um dos poucos municípios que busca o tão sonhado trabalho intersetorial”, contou.

Foi levantado o assunto da criação de uma Clínica Escola para Autistas pela Secretaria de Assistência Social. “Esta proposta veio do Ministério Público para complementar a escola regular, no contra turno, para que sejam trabalhados outros tipos de demandas com uma equipe multidisciplinar. Este novo espaço será uma forma de diluir o acesso das outras instituições que se encontram superlotadas”, complementou Flavia.

Ficou pactuado que Educação e Assistência Social realizem um fluxo de atendimento onde as famílias de alunos que devem ser acompanhadas (principalmente as que devem respeitar as condicionalidades do Bolsa Família) sejam encaminhadas para os Cras de referência e que sejam feitos relatórios pelos profissionais envolvidos. Também foi combinada que serão apresentados nos próximos fóruns os planos decenais municipais. Na próxima reunião, Thiago Ribeiro, coordenador da Proteção Social Básica, apresentará o Plano Municipal de Assistência Social.

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