Cinema Henfil abriu as portas para o evento de resgate da memória de Maricá - Foto: Fernando Silva

O Centro de Memória do Instituto Federal Fluminense (IFF) em Maricá, em parceria com a Prefeitura através das pastas de Cultura e Educação, realizou na tarde desta quarta-feira (28/06), no Cinema Público Municipal Henfil, Centro, o evento ”Patrimônio e Memória Resgatando a Identidade Maricaense”. Com uma exposição de fotos e pesquisas sobre o município, realizadas pelo Instituto, a ação que foi aberta ao público, teve como atração principal uma “Roda de Conversa” com a presença dos principais e mais conhecidos pesquisadores sobre a história de Maricá.

Segundo o professor de história e coordenador do centro do IFF Maricá, Fernando Vieira, o Centro de Memória é uma iniciativa presente em vários campus do estado e consiste em um núcleo de pesquisa que promove o dialogo entre o município e a comunidade, na qual o Campus está instalado, sobre a história e a memória do local. “O Centro de Memória do IFF Maricá apresentou à Secretaria de Cultura a proposta de realizar uma mesa redonda conjunta, que reunisse os principais e mais conhecidos pesquisadores sobre a história e o patrimônio material e imaterial da cidade”, explicou Fernando. “E, sobretudo, e mais importante, que fosse aberto para toda a comunidade, tanto do IFF como do município”, frisou o coordenador. “Também teremos dois alunos do IFF Maricá, bolsistas, que irão apresentar ao público o nosso trabalho e um pouco da história do IFF no município”, finalizou.

A coordenadora de Patrimônio da Secretaria de Cultura, Mariana Caruzo, destacou a importância deste tipo de evento e informou que este é o primeiro de um projeto maior que almeja resgatar a memória cultural e a identidade de Maricá. “Maricá é a cidade que mais cresce na região metropolitana no estado do Rio de Janeiro. E, quando nós temos um adensamento populacional muito grande, às vezes, a cultura local se perde. Por isso, a importância de realizar essa “roda de conversa”, afirmou Mariana. “Essa foi a primeira e temos a programação de fazer uma roda de conversa a cada dois meses, sempre com convidados, pesquisadores de instituições e com as próprias pessoas que produzem a cultura local”, completou. “O evento de hoje é uma prévia da Semana de Patrimônio que vai acontecer em setembro e que vai trazer todas as pessoas que fazem parte da cultura material e imaterial de Maricá, para ser discutido e debatido pela comunidade”, explicou a coordenadora.

Entre os especialistas e palestrantes estavam a arquiteta e urbanita da Prefeitura, Renata Gama; o professor, historiador e autor Cesar Brum; a pesquisadora e professora Verônica Aquino. “É muito importante esta parceria entre as secretarias de Cultura e Educação e o IFF. Para gostarmos de um lugar temos que conhecê-lo. Só amamos o que conhecemos e o fato de não ser um evento fechado faz com que ganhe a população. Maricá tem um patrimônio material e imaterial muito rico”, afirmou Renata Gama. “Existem muitos projetos em andamento que pretendem promover o resgate da cultura de Maricá e que são apoiados pela Prefeitura”, destacou o professor Cesar Brum. “A importância deste encontro é muito grande e que venham outros. Pois, é desta forma que o amor e a história da cidade vai sendo trabalhada e perpetuada”, frisou a pesquisadora Verônica Aquino.

Antecedendo as palestras, foi feita uma homenagem aos alunos da rede municipal que se destacaram nas “Olimpíadas de História do Brasil”. A esses alunos foram entregues certificados de participação. A Olimpíada de História do Brasil é um campeonato realizado pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Maricá estará representada, por alunos da rede municipal de ensino na final, que acontecerá em Campinas, em agosto. A coordenadora do ensino fundamental da Secretaria de Educação Daniele Santos afirmou que essa é uma olimpíada complexa, com várias fases. “Uma equipe de uma escola municipal ter ido para a final evidencia a qualidade dos professores que temos aqui, e principalmente a qualidade dos nossos alunos”, afirmou Daniele.

A aluna da EM Vereador João da Silva Bezerra, Lara Silva, de 14 anos, contou que participar da olimpíada foi difícil, mas que o aprendizado com a experiência foi enorme. “Minha equipe conseguiu ir até a quarta fase, o que é muito bom! São muitas questões e embora seja difícil foi bom por termos aprendido muita coisa durante a competição”, afirmou a estudante. “Esse evento que está acontecendo aqui hoje é muito interessante. Resgatar a nossa história, a nossa memória cultual é uma forma de passar conhecimento para toda a população e as pessoas merecem saber”, finalizou Lara.

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