Equipe da Assistência Social apresentou os serviços oferecidos no equipamento para os moradores - Foto: Divulgação

O Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), vinculado à Secretaria de Assistência Social, atuou, nesta quarta-feira (28/06), no Posto de Saúde da Família (PSF) de Guaratiba, com o projeto “Creas Itinerante” levando para os moradores da região todos os serviços oferecidos pela unidade. A equipe apresentou, para os atendidos do PSF, o trabalho do Creas. Este corresponde ao atendimento e acompanhamento de crianças, adolescentes, mulheres, homens, idosos e portadores de deficiência que sofreram algum tipo de violência, abuso/exploração sexual e também a aqueles que se encontram com algum direito violado.

Segundo a coordenadora do Creas, Layse Guedes, esta ação tem como meta oferecer os serviços e orientar o maior número de munícipes para que todos estes casos cheguem ao conhecimento do poder público. “O Creas Itinerante foi criado para chegar às pessoas que não tem conhecimento dos serviços oferecidos, condições financeiras ou psicológicas de ir a nossa sede”, disse. As assistentes sociais Regina Mello, Vanilda dos Santos e os psicólogos Fernanda Porto e José Carlos Brasão, com a estagiária em assistência social Andrezza Bomfim, alertaram sobre a importância de não ficar em silêncio quando se tem conhecimento de algum caso de direito violado. “As denúncias precisam ser feitas. Caso não queiram ir até o equipamento, podem ligar para o Disque 100, pois seu nome é mantido em sigilo, ou chamar o Conselho Tutelar”, contou Regina.

Fernanda Porto orientou sobre os crimes virtuais como compartilhar imagens de nudez nas redes sociais e sobre o novo jogo da baleia azul. “Devemos estar sempre atentos aos nossos filhos, mesmo que eles só fiquem em casa. Busquem sempre conversar e observar o que eles estão fazendo na internet”, aconselhou Fernanda informando, ainda, que existe uma delegacia especializada em crimes virtuais. Layse Guedes prosseguiu diferenciando o Cras e o Creas. “O primeiro tem o papel de prevenção com as famílias para não vir a ter direitos violados. Já o Creas atua com famílias com os direitos já violados”, explicou. A equipe também abordou sobre as negligências contra idosos e sobre os serviços oferecidos pela Assistência Social como o Sapad que atende usuários de dependência química.

A enfermeira e cuidadora de idosos, Erineia Faria, de 56 anos, contou que viu um adulto cumprimentar uma criança, que não era da sua família, com um beijo na boca. “Quando eu vi aquela cena fui correndo contar para a mãe da menina. Achei um absurdo e gostaria que ele fosse preso”, afirmou Erineia. A equipe orientou que nesse caso pode denunciar nos equipamentos ou ligar para o Disque 100. A cozinheira Maria do Socorro Coutin, de 53 anos, recebeu um vídeo, por um aplicativo de mensagem, expondo uma criança a uma atitude inapropriada e não sabia o que fazer. “Eu não sabia se compartilhava para ajudar na divulgação do adulto que estava maltratando a criança ou se deletava o vídeo. Só sei que fiquei muito triste com a cena que vi”, relatou. O psicólogo José Carlos a aconselhou levar o vídeo para a delegacia para que a polícia pudesse investigar.

Em seguida, a equipe foi panfletar nas casas ao redor do PSF para explanar sobre o Creas e os contatos de denúncias. Leonardo Mendes, de 41 anos, morador da região, disse que não conhecia o equipamento e acha ótimo o trabalho da equipe para combater a cultura de violência.

Deixe uma resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here