O Cinema Público Municipal Henfil sediou, de sexta-feira a domingo (07 a 09/04), o 66º Fórum Permanente de Conselheiros Tutelares do Estado do Rio de Janeiro com o tema “Procedimentos e Princípios no Atendimento às Crianças e Adolescentes em Situação de Ameaça ou Violação de Direitos”. O evento contou com a presença do vice-prefeito Marcos Ribeiro, representando o prefeito Fabiano Horta; da secretária de Educação, Adriana Luiza da Costa; da presidente do Conselho dos Direitos das Crianças e Adolescentes de Maricá, Sylvia Cantuária, entre outros. A plateia foi formada por conselheiros dos 92 municípios fluminenses.
“O Conselho hoje somos todos nós, que temos a consciência e o compromisso com nossas crianças, que são o futuro do país, e que deve ser educada e protegida por todos nós”, destacou o vice-prefeito Marcos Ribeiro. Na abertura, o projeto “Nós do Morro”, grupo de dança do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), apresentou o número “Poesia e Dor”, coreografado por Leandro da Silva, e apresentado pelas bailarinas Marcelly Lohanna, Júlia Lohanna, Ana Teixeira, Olga Almeida e Júlia Bruno. Sylvia Cantuária abordou a questão da garantia de direitos para a criança e o adolescente. “É preciso mais do que nunca fortalecer os vínculos afetivos e familiares e observar a regulação das leis que protegem o menor. O Estatuto da Criança e do Adolescente funciona quando colocado em prática, pelo exercício do direito, e este acontece quando cumprimos nossas obrigações”, afirmou.
Durante o fórum, especialistas se revezaram em palestras durante os três dias do evento. A manhã do primeiro dia teve como palestrante a doutora em Educação pela UERJ, Inês Barbosa, que falou sobre a igualdade de condições de acesso e permanência na escola, o enfrentamento do bullying e da evasão escolar. A equipe da organização, composta por integrantes do Conselho Tutelar de Maricá, vestia uma camiseta com a frase “A criança é boa por natureza, a sociedade é quem corrompe”, do filósofo francês Jean Jacques Rousseau.
A secretária de Educação, Adriana Luiza, adiantou que a família é parte fundamental no processo de reintegração social. “A atuação em conjunto de setores como Educação, Saúde, Assistência Social e Conselho Tutelar é fundamental para o bem estar da criança. Estamos avançando em Educação Infantil e Educação em tempo integral no município, o que preenche um tempo maior dos alunos com conhecimento e faculta aos pais mais tempo para o trabalho, mas não exime seus deveres para com os filhos”, comentou.
Délcio Sachine, 52 anos, assim como Vanderli Barelli, 46, são conselheiros tutelares do município de Paulo de Frontin. Délcio observou que a situação da criança e adolescente vítima de abusos e maus tratos não acontece apenas na capital. “Só este ano, registramos 1.039 ocorrências em nossa cidade. Se o poder público não atuar em rede, a solução não acontece”, declarou. O gerente de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência, programa da FIA, Genilson Pereira, informou que em maio será repassado um montante de verbas já liberado pela justiça para aplicação no programa. “Temos diversos setores com planos de ação, aguardando recursos para desenvolverem seus trabalhos”, concluiu.
