Imagem do desfile do bloco infantil do CEU
Foliões de todas as idades desfilaram na Blocoteca no entorno do CEU com "carrinho alegórico" - Foto: Michel Monteiro

A estreia do “Blocoteca”, na última terça-feira (21/02), reuniu 50 pessoas no Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU), na Mumbuca, para brincar o Carnaval com “carrinho alegórico”, marcha própria, participação da banda “A poderosa” e as tradicionais marchinhas de carnaval: “Mamãe eu quero”, “Jardineira”, “Bafo da Onça”, “Aurora” e “Cidade Maravilhosa”.

Fantasiadas de ladybug, super homem, pierrot, bate bola, Luigi (personagem do jogo Mario Bros), abelhinha e fada, as crianças e adolescentes se divertiam num clima que contagiou também muitos adultos, que pegaram fantasias e adereços emprestados na Biblioteca Lima Barreto para entrar na folia.

A ideia da festa surgiu da bibliotecária Nádia Castelo Branco, que há dois anos realiza um bailinho nesta época para os pequenos. Mas com a ajuda dos outros funcionários da Secretaria de Cultura, a pequena comemoração se transformou numa grande festa. “Eu adoro Carnaval, então procuro trazer a pureza de volta para as pessoas se divertirem”, explicou. O artista plástico Di Branco criou a marchinha. “Minha filha pediu, aí eu fiz em homenagem a Lima Barreto que dá nome à biblioteca. A melodia foi adaptada de outra marcha minha só que mais voltada para o público infantil. Nossa ideia é fazer com que as pessoas tenham o prazer de um carnaval mais alegre, menos poluído”, contou.

O professor de teatro Bruno Marçal atacou como intérprete de samba enquanto o professor Washington Luiz conseguiu um carrinho de supermercado emprestado e com material reaproveitável o transformou em mini carro alegórico. “Trabalho há 12 anos como decorador de alegorias do Grupo Especial de Escolas de Samba, então já tinha uma experiência. A ideia surgiu fácil”, declarou. Tatiana Castelo Branco foi a responsável pela pintura nas crianças. A pequena Luna Lima, de seis anos, levou o estandarte à frente do bloco. “O objetivo do evento é dar oportunidade das crianças brincarem o carnaval de uma maneira criativa e lúdica com todo o aparato do CEU através de uma troca com a comunidade. Porque as crianças participam das atividades realizadas aqui”, disse Tatiana.

Moradora da Mumbuca, a pequena Emanuela Carvalho Coelho (6) foi o destaque do carrinho alegórico do Blocoteca. Fantasiada de cigana, a menina comunicativa, que há dois anos faz balé, capoeira e uso da biblioteca estava ansiosa para entrar no carrinho. “Eu tenho vergonha, mas gosto. Vou dançando ou sambando, ainda não sei”, falava com desenvoltura, toda sorridente, ao lado da mãe Thayana Lopes Carvalho (27). “Eu gosto de ficar aqui, brincar. Tem vezes que eu leio, tem vezes que não, que alguém lê pra mim”, contava.

As estudantes de teatro e dança Beatriz Gomes (13); Natalia Gonçalves (15), Maria Eduarda de Paula (14) e Caroline Barbosa (13), moradoras do Centro, Araçatiba e Caju, mostravam conhecer todas as marchinhas, por motivos totalmente diferentes. Maria Eduarda disse escutar normalmente por acompanhar sua mãe em festas do tipo; Beatriz contou que como atriz tem que se aprimorar e conhecer um pouco de cada coisa; Caroline falou que o baile de carnaval em sua casa costuma durar três dias, aí Natália resumiu: “É que as artes se relacionam”. O desfile do bloco aconteceu no entorno do CEU, na parte utilizada normalmente pelos alunos para corrida e atraiu a atenção de pessoas que passavam pelo local.

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