A eleição para a Corte do Carnaval maricaense deste ano, realizada na última sexta-feira (10/02), na Praça Orlando de Barros Pimentel (Centro), contou com uma disputa acirrada de simpatia e samba no pé ao som da bateria da Associação das Escolas de Samba e Blocos de Maricá. Foram eleitos os candidatos que mais empolgaram o público, sendo aplaudidos de pé: Antônio Will (Rei Momo), Helenn Martins (Rainha) e Arethuza Montenegro (Princesa).
Encarregado da organização, o secretário de Turismo Robson Dutra falou sobre a responsabilidade em administrar a festa. “Todos os eventos vão ser importantes, mas esse é o segundo, então é uma emoção diferente, pois é praticamente o início do Carnaval”, disse Robson. O corpo de jurados, composto pelo carnavalesco Milton Cunha; a dançarinha Adriana Bombom; o comunicador Roberto Canazio; o subsecretário de Turismo e apresentador André Gasparetty e os secretários André Braga e Sérgio Mesquita tinha a responsabilidade de julgar os quesitos: simpatia, carisma, comunicação com o público e samba no pé.
Segundo o locutor Roberto Canazio, fazer parte do grupo de jurados está mais ligado ao aspecto pessoal do que ao profissional. “Durante 10 anos eu passei vindo aqui para Maricá todos os finais de semana, um lugar que eu sempre falei muito bem em meus programas. Então é muito gostoso voltar a cidade para participar de um evento como esse. Me senti honrado com o convite do Milton e não pensei duas vezes em aceitar”, contou.
Adriana Bombom também confessou ter ficado feliz com a possibilidade de vir à cidade como jurada. “Achei super bacana vir aqui julgar as meninas, porque eu amo essa cidade. Acho Maricá mil e já reinei muito também. Então, show. Mas para levar essa a pessoa tem que ser muito simpática, presença e samba no pé”, declarou Bombom, ainda na concentração do evento. Para Milton Cunha “num período de crise, quando uma cidade luta para manter acesa a chama do Carnaval é um esforço louvável da prefeitura. Vamos celebrar um pouquinho. Não deixem a peteca cair”, disse empolgado. Após a festa, Milton enviou uma mensagem aos organizadores, elogiando o trabalho e a qualidade do que foi preparado pelo município para a festa. “Vocês estão de parabéns”, destacou.
Entre os competidores, quatro homens e cinco mulheres concorriam às vagas de Rei Momo e Rainha do Carnaval, que incluíam o bi campeão Cristiano Nascimento (43) e a veterana Helenn Martins (29), com os títulos de Rainha e Princesa em anos anteriores; além de dançarinos, passistas e diretores da escola de samba União de Maricá – Arethuza Montenegro (40) e Antônio Will (25). “Tenho que ganhar porque eu sou um cara carismático, simpático e quero mudar o Carnaval de Maricá tornando-o mais aconchegante, com o povo unido de verdade. Todos pela cidade”, dizia Antonio Will, antes de ser eleito novo Rei Momo. “Para mim é sempre um prazer, uma honra sambar no Carnaval da minha cidade, representá-la nas quadras de samba do Rio de Janeiro. É um sonho que se torna realidade a cada ano que eu participo. Se levar o título hoje, vai ter Carnaval de janeiro a janeiro, porque uma corte bem representada desempenha o seu papel o ano inteiro, e não só nos quatro dias de Carnaval”, garantia Helena, que é maquiadora profissional e passista.
Cada competidor se apresentou na passarela duas vezes. Alguns, com direito a chuva de serpentinas, torcida organizada e muitos aplausos. Quebrando o protocolo, Milton Cunha subiu a passarela com Fabiely Rocha (22), Rainha 2016, que estava no palco para passar a faixa para a nova eleita. “Por causa do concurso, a Rainha sempre ganha novas oportunidades no mundo do samba. Fui convidada a fazer parte da ala de passistas de uma escola do grupo especial, sob o comando do coreógrafo Carlinho de Jesus, competindo com outras 60 meninas. Então, desejo boa sorte e respeito para a vencedora, porque eu fui muito julgada pelas pessoas por ser magra e pensei em desistir, mas meu amor pelo Carnaval não deixou. Parar ser Rainha tem que ter humildade e amor no coração”, aconselhou.
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