“O que está acontecendo aqui é um sonho sendo realizado”. Esta foi a definição que a presidente da Associação de Moradores do Espraiado, Lucimara Dias, utilizou para descrever a entrega das chaves da Sede das Unidades de Conservação de Maricá aos moradores do bairro. A cerimônia aconteceu nesta terça-feira (17/01) e contou com as presenças, além da presidente da associação, do subsecretário de Meio Ambiente, Guilherme Motta, do biólogo e gestor das unidades de conservação, Valdir Almada, da fundadora do Projeto Espraiado de Portas Abertas, Regina Seibould, e do Coordenador do Grupamento Ambiental, Wladimir dos Santos, além de funcionários da Secretaria de Meio Ambiente.
Segundo Guilherme, a abertura da sede para a comunidade é uma forma de estimular a participação dos moradores nas atividades que serão desenvolvidas no local. “Este espaço será usado para a realização de cursos, exposições, oficinas e reuniões”, comentou.
O prédio tem uma sala de audiovisual para minicursos e palestras, uma recepção e espaço de venda de souvenir, sala da administração, a Sala Verde – que reúne biblioteca, sala de estudos e laboratório de ciências. O espaço tem ainda um alojamento com nove leitos, que será utilizado por pesquisadores e guardas ambientais. Regina Seibould, que tem um sítio no bairro há pelo menos 20 anos, mora há nove no Espraiado.
Em 2008, ela e alguns moradores resolveram criar o projeto “Espraiado de Portas Abertas” – quando as propriedades da região abrem as portas para turistas – e, de acordo com ela, também a ocupação do espaço para a criação de uma sede de conservação no Espraiado. “O que eu estou sentindo é uma felicidade imensa. Este, acredito, é um sonho de toda a comunidade. Um espaço para ajudar na preservação e na valorização do turismo”, ressaltou.
Valdir Almada acrescentou que este é um passo importante para o trato da educação ambiental e preservação do meio ambiente no charmoso bairro rural. “Aqui vamos tirar dúvidas dos moradores e buscar fazer com que os visitantes entendam a importância de cuidar do meio ambiente”, afirmou.
A expectativa é de que a partir de março já comecem a ser desenvolvidas as oficinas com temas relacionados à preservação. “Vamos fazer, por enquanto, um trabalho de conscientização, orientando o que pode e o que não pode ser feito dentro de uma Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie)”, finalizou Valdir.
A fiscalização será constante, segundo o coordenador do Grupamento Ambiental, Wladimir dos Santos. “Vamos fazer aqui um trabalho educativo. Queremos despertar nas pessoas a responsabilidade com a natureza”, pontuou. Para Wladimir é fundamental que a guarda seja vista também como um elemento educador e não apenas responsável pelo cumprimento das normas.
Este conteúdo é protegido.