Imagem de horta comunitária em Itaipuaçu
Marinho e Valdeia plantam frutas, legumes e hortaliças num terreno, antes baldio, em Itaipuaçu - Foto: Araújo José

O secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca de Maricá, Julio Carolino, visitou nesta terça-feira (10/01), uma horta comunitária localizada na Rua Costa do Sol, em São Bento da Lagoa, Itaipuaçu. A horta, instalada em um terreno baldio, é mantida pelo mecânico Amaro Roberto Marinho, e está produzindo há três meses. O motivo da visita foi o de conhecer o trabalho de hortas comunitárias no município, e implantar um projeto de comodato em terrenos sem ocupação social, com proposta de redução de tributos como o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) ou Imposto Territorial Rural (ITR), para o proprietário que participar do projeto.

Há três meses Marinho e a esposa Valdeia começaram a plantar no terreno vizinho à sua residência, e o resultado foi além do esperado. Produzem hortaliças, frutas e legumes que o mecânico e seu auxiliar, colhem diariamente para a comunidade. “Há seis meses esse terreno era usado para despejo de lixo, atraindo ratos e insetos. Quando reclamei, fui criticado”, contou o mecânico. “Minha ideia, desde o início, foi dar um destino útil a isso aqui, desenvolvendo uma horta em proveito da própria comunidade. Quem pode pagar, ajuda a comprar novas sementes para a horta. Quem não pode pagar, leva verduras frescas da mesma maneira”, diz, sorridente.

A terra preta do local é resultado do composto orgânico (adubo verde), mistura de folhas, cascas e ramos e a horta é regada de duas a três vezes ao dia. “Gasto bastante água, mas vale a pena. Por isto as verduras são tão verdes e fresquinhas”, diz Marinho. As lavouras são de abóbora, tomate, maxixe, couve, alfavaca, almeirão, gengibre, cenoura, pimentão, salsa, cebolinha, chuchu, aipim e melancia.

O secretário elogiou a iniciativa de Marinho. “Se todos tivessem esse mesmo espírito solidário boa parte dos problemas sociais, como a segurança alimentar, seriam resolvidos mais facilmente. O diálogo, a troca de experiências e a produção doméstica de produtos, facilitam e fortalecem a vida em comunidade. Este é um exemplo de que, quando existe um mínimo de terra e de boa vontade, não se passa necessidade”, disse.

Segundo Julio Carolino, a ideia é expandir o projeto no município e formar comodatos com os proprietários dos terrenos desocupados ou baldios, para criação de hortas comunitárias, além de parcerias com secretarias como a de Fazenda (desconto de IPTU ou ITR) e a Educação (Merenda Escolar). “Além disso, a multiplicação de informações sobre o valor de se ter uma horta em casa ou na comunidade, será inestimável para crianças e adultos que desconhecem essa realidade”, concluiu o secretário.

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