A Secretaria Municipal Adjunta de Saúde, através do Núcleo de Apoio à Estratégia Saúde da Família (NASF) iniciou nesta segunda-feira (12/12), às 11h, na Estratégia Saúde da Família (ESF) São José I o quarto Núcleo Assistencial de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (NAPICS). Os demais funcionam nas unidades Caio Figueiredo (Inoã), Mumbuca e em Jardim Atlântico I e II (Itaipuaçu).
A partir de agora, os usuários cadastrados em São José I também contam com diversas ações de cuidado multidisciplinares tais como a utilização de acupuntura, auriculoterapia, terapia comunitária e também biodança. “Este núcleo nasce em segmento às diretrizes definidas na última Conferência Municipal de Saúde, em adotar as práticas integrativas e complementares de saúde, popularmente conhecidas como práticas alternativas, na rede de Atenção Básica”, declara Raphael Dias, coordenador do NASF e doutor em enfermagem.
Participarão das atividades somente os usuários que forem cadastrados na unidade de saúde de São José I, e que, durante as consultas médicas ou de enfermagem for verificada a necessidade de complementação do tratamento com as práticas. As atividades não são substituição do tratamento e sim, uma ferramenta para complementá-lo. “O agendamento será feito pela própria equipe do núcleo, que conta com psicólogo, fisioterapeuta e assistente social”, destaca Raphael. Os atendimentos têm como objetivo prevenir e cuidar de desordens físicas e psicossociais, tais como estresse, ansiedade, disfunções musculoesqueléticas e doenças crônicas não transmissíveis como a hipertensão e o diabetes. “Este projeto conta com a parceria técnica da Universidade Federal do Rio de janeiro, através do laboratório de pesquisa do Projeto Integrado de Pesquisa e Assistência (PIPA), da Escola de Enfermagem Anna Nery”, finaliza Raphael.
A população já fazia algumas destas atividades na unidade. Com a implantação do NAPICS o serviço foi ampliado. É o que acontece com a dona de casa Genoveva Maria de Lima da Silva, 64 anos. Ela já fazia auriculoterapia e vai continuar. “Eu sentia uma dor terrível na coluna e nos joelhos. Foi iniciar a atividade, a dor parou. O serviço é maravilhoso. Já vou fazer outra vez hoje”, avalia Genoveva. Quem também segue com as sessões é Lúcia Caldas Gueiros, de 55 anos, aposentada. “Eu não conseguia colocar o pé no chão. Melhorei assim que comecei a acupuntura. Estou bem melhor”, destaca Lúcia, feliz com o atendimento.
Coordenadora da ESF São José I, a enfermeira Vanessa Viana relata que a parceria intersetorial com o núcleo ajudará os cadastrados ao oferecer melhora na qualidade de vida. Maurício Mattos é psicólogo do grupo e chama a atenção para a terapia comunitária. Segundo ele, o serviço é um espaço onde as pessoas trazem desafios e a partir das experiências há a resolução de problemas. Ele destaca ainda, que Maricá é pioneiro no serviço. “O núcleo é uma ferramenta do NASF. Desta forma, realizar estas atividades com o Núcleo dentro do NASF, faz com que Maricá seja o único município dentro do estado a realizar o serviço”, disse o psicólogo.
Quem também está empolgada em participar é a fisioterapeuta Tayna Reis. Ela atende com auriculoterapia, acupuntura e biodança. “As práticas acrescentam, somam ao tratamento já existente com o médico e a medicação. Não é substituir o tratamento e sim, complementá-lo”, explicou a fisioterapeuta. Quem for cadastrado na ESF São José I e quiser participar pode realizar o agendamento com a própria equipe de saúde.
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