Imagem de dança afro de alunos da EM Lúcio Thomé Feiteira em Cordeirinho
Atividades foram realizadas com alunos na EM Lúcio Thomé Guerra Feiteira - Foto: Clarildo Menezes

As comemorações pelo Dia da Consciência Negra em Maricá prosseguiram com mais um evento nesta segunda-feira (21/11) na Escola Municipal Lúcio Thomé Guerra Feteira, em Cordeirinho. A festa durou todo o dia e teve uma série de atividades como encenações teatrais, dança e oficinas de percussão, cordão, dreadlocks de linha e turbantes afro. Houve ainda rodas de conversa com a participação de palestrantes.

O evento contou com a participação de todas as turmas da unidade, que vão até o 9º ano do Ensino Fundamental, e alguns dele quebraram algumas barreiras. Um deles foi Rafael Pereira, de 14 anos, que usava na cabeça um turbante afro, quase uma exclusividade das mulheres. “Eu mesmo quis, achei que ia ficar legal. A cultura afro é muito bacana”, disse ele, que é aluno do 7º ano.

No comando da atividade, a professora de História Laila Miguez organizou encenações do clássico “Negras Raízes”, de Alex Haley, e de exemplos de revoltas raciais ocorridas no Brasil, além danças como jongo e maculelê. “Trabalhamos a questão racial em nosso projeto de leitura, mas nosso foco não foi apenas a questão do negro, mas a diversidade como um todo”, resumiu ela. A diretora da unidade, Lorena Mendonça, reforçou o discurso. “Todas as diferenças foram abordadas em nosso projeto, e tivemos a culminância com este evento sobre a consciência negra. Tivemos ainda que trabalhar conflitos de cunho religioso que, aos poucos, estamos conseguindo superar na comunidade escolar”, relatou a diretora.

Outros eventos – O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro (data da morte do líder Zumbi dos Palmares, em 1695), mas as celebrações em Maricá começaram na sexta-feira (18/11) com uma palestra sobre a herança africana na cidade, ocorrida no Cinema Público Municipal Henfil, no Centro. No mesmo dia, a Escola Municipal Alfredo Nicolau da Silva Junior, no Marques, realizou uma feira integrada produzida pelos próprios alunos. Com oficinas, debates, palestras e danças africanas, o projeto denominado “Diversidade Cultural Brasileira: A Herança da África”, abordou também de outros tipos de preconceito.

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