A ressaca que chegou a Maricá neste sábado (29/10) destruiu o ninho de tartaruga marinha identificado na quinta-feira (27/10). As ondas fortes que atingiram toda faixa de areia na região desfizeram o ninho e os ovos se perderam. Segundo a bióloga marinha Larissa Araújo, vinculada ao Projeto Aruanã, responsável por monitorar o ninho junto a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente, esse é um processo da natureza. “Infelizmente não há como interferir”, disse. Ainda segundo Larissa, esse segundo registro de desova de tartaruga marinha na região é um dado importante, já que a expectativa é que o animal que desovou retorne para uma nova postura, como é o natural, na mesma região.
O secretário adjunto de Meio Ambiente, Guilherme Mota, também lamentou o episódio. “É um processo natural, continuamos à disposição deste belíssimo trabalho realizado pelo Projeto Aruanã no município de Maricá caso haja outra desova”, afirmou. Segundo a bióloga, apesar do aviso antecipado de ressaca não havia nada que pudesse ser feito. “Como toda a faixa de areia foi tomada, mesmo que removêssemos para outro ponto na área correríamos o risco de os ovos gorarem”, destacou. Os ovos, de acordo com a bióloga, podem ser removidos em apenas duas ocasiões. Quando são postos ou, em média, 15 dias após a postura. O ninho foi descoberto no domingo (23/10) por técnicos e, em seguida, o Projeto Aruanã e a Secretaria Adjunta de Meio Ambiente foram informados, iniciando o monitoramento.
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