A Secretaria Municipal Adjunta de Saúde, por meio do Núcleo de Apoio à Estratégia Saúde da Família (NASF) iniciou nesta quarta-feira, 28/09, às 14h, o segundo Núcleo Assistencial de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (NAPICS). O primeiro atende na unidade Caio Figueiredo, em Inoã. Agora, na Estratégia Saúde da Família (ESF) Mumbuca, os usuários cadastrados no posto contarão com diversas ações de cuidado multidisciplinares como a utilização de acupuntura, auriculoterapia, práticas corporais em medicina tradicional chinesa, yoga, meditação e terapia integrativa comunitária. “Este núcleo nasce a partir das diretrizes definidas na última Conferência Municipal de Saúde, em adotar as práticas integrativas e complementares de saúde, conhecidas como práticas alternativas, na Atenção Básica”, afirma Rafael Dias, coordenador do NASF.
Participarão das atividades somente os usuários que forem cadastrados na unidade de saúde da Mumbuca, e que, durante as consultas médicas ou de enfermagem, for verificada a necessidade de complementação do tratamento com as práticas. As atividades não são substituição do tratamento e sim, uma ferramenta para complementá-lo. Neste caso, o agendamento será feito pela própria equipe do núcleo, que conta com fisioterapeuta, psicólogo, assistente social e enfermeiro.
Os atendimentos acontecerão uma vez por semana e têm como objetivo prevenir e cuidar de desordens físicas e psicossociais, tais como estresse, ansiedade, disfunções musculoesqueléticas e doenças crônicas não transmissíveis como a hipertensão e o diabetes. “Este projeto conta com a parceria técnica da Universidade Federal do Rio de janeiro, através do laboratório de pesquisa do Projeto Integrado de Pesquisa e Assistência (PIPA), da Escola de Enfermagem Anna Nery”, complementa Rafael.
Fisioterapeuta da equipe, Tayna Reis explica que as atividades visam promover a saúde. “Já fazemos auriculoterapia aqui e agora acrescentamos outras atividades. O intuito é não deixar de tomar o medicamento. As ações são para somar e assim, prevenir e tratar a ansiedade, a depressão, as dores musculares e as doenças crônicas não transmissíveis tais como a hipertensão, o diabetes e a obesidade”, explica Tayna.
A população aprovou o início do serviço. A dona de casa Zilta Ferreira dos Santos tem 65 anos e já faz auriculoterapia no posto. “Depois que comecei a fazer as minhas dores na cervical diminuíram. Fiquei muito melhor. Agora farei mais atividades”, disse Zilta. A aposentada Maria Aparecida Medeiros Mendes, 84 anos, também faz auriculoterapia e agora fará acupuntura. “Eu tinha muita dor no ombro. Melhorei quando comecei a atividade. Estou até dormindo melhor. Nem tenho tomado remédio para dormir”, relatou Maria Aparecida. Para Josete Maria Lisboa, 63 anos, aposentada, a auriculoterpia também diminuiu a dor na coluna. “Agora começarei a atividade para diminuir a dor nos joelhos”, disse Josete.
Os atendimentos acontecerão uma vez por semana. Quem for agendado pela equipe será atendido às quartas-feiras, na Estratégia Saúde da Família Mumbuca. Coordenador do posto, o enfermeiro Sebastião Ferreira afirma que o trabalho é positivo, pois é a junção do tratamento médico com as atividades. “Os pacientes realmente controlam a pressão arterial e o diabetes. Isso melhora a qualidade de vida”, finalizou o coordenador.
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