Grupo DJOTA inaugura programação teatral no Festival Utopia

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O Grupo DJOTA de Teatro, dirigido pelo professor e ator Álvaro Ferreira, inaugurou  nesta quarta-feira (22/06), às 13h30, com o espetáculo infantil “Palhaços Amestrados”, a programação de teatro do Festival Internacional da Utopia, que acontece de 22 a 26 de junho. A apresentação aconteceu na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro.

Os personagens Professor Almério Pulga (Álvaro Ferreira), Cuzco (Washington Luiz) e Cotoco (Bruno Marçal) formam a Escola de Palhaços. O professor Almério tenta passar as lições para os alunos, que são distraídos e indisciplinados, resolvendo eles mesmos ensaiarem as lições. Almério ameaça ir embora, os alunos arrependem-se e reconciliam-se com o professor. Tudo termina em uma grande palhaçada. Crianças do público são convidadas a entregar a recompensa: uma torta na cara de cada personagem. O texto é de criação coletiva, com duração de 40 minutos, e a direção da peça é de Marcos Camelo. 

A estudante de Desenvolvimento Social e dirigente sindical equatoriana Maria Sarango, 28 anos, visita o Brasil pela segunda vez. Maria está participando do Festival Internacional da Utopia, na Tenda da Reforma Agrária. Disse assistir teatro e circo em seu país, e gostar muito. “Os palhaços tem muito a ensinar”, afirmou. 

Escolas municipais levaram seus alunos para assistirem à peça. A aluna Renata Maria Maia, 44 anos, da Escola Especial Rynalda Rodrigues Silva, riu muito com o palhaço Cotoco imitando uma galinha. “É tudo muito engraçado”, comentou. Já o aluno Ed Carlos Rosário, 11 anos, do 5º ano da E.M. Darcy Ribeiro, riu mais do professor Almério espirrando água e bolo em seus alunos. “Nunca tinha assistido ao vivo, só na televisão. É muito divertido”, concluiu.

Pouco depois, com o auditório do Centro Cultural Henfil lotado, a companhia Trupe Amadores S/A, do Rio, apresentou a peça "Kwagalana – história de um príncipe negro", que descreve a trajetória de um príncipe negro apontado pelo adivinho Ifá como o futuro rei do seu povo. O menino, porém, é raptado e vendido como escravo, vindo trabalhar nas minas de ouro no Brasil. Kwagalana trouxe consigo as histórias de sua terra, de sua crença, da África, e passa a lutar para ver concretizada a previsão do oráculo. 

Adultos, jovens e crianças se encantaram com a peça e com o espaço construído pela Prefeitura, onde futuramente funcionará o primeiro cinema público de Maricá. São 180 poltronas confortáveis em um ambiente amplo, refrigerado, com banheiros adaptados e rampa de acesso para pessoas portadoras de deficiências. Gestora do equipamento, a Secretaria Municipal Adjunta de Cultura, Ciência e Tecnologia foi representada por Perceu Silva, que recepcionou a todos. "Utopia realizada, diversos grupos aqui vão trocar experiências, trabalhar formação de plateia, é um ambiente fantástico! Não é Utopia, é realidade", acrescentou Perceu. Os integrantes do grupo Trupe Amadores S/A ficaram agradecidos pela oportunidade de serem os primeiros a atuarem no espaço.