Trinta e seis alunos do curso de Construção Civil e Edificações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), fizeram, na sexta-feira (17 6), visitas técnicas a obras do município, como o futuro campus do Instituto Federal Fluminense (IFF), em Ubatiba, e do Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, em São José do Imbassaí, ambas em acelerado ritmo de construção.
Os alunos foram acompanhados pelo professor do curso, Getúlio da Costa Pinheiro Junior, e recebidos pelo secretário municipal adjunto de Obras de Maricá, engenheiro Marcos Câmara, que promoveu uma visita guiada, orientando tecnicamente sobre elementos e detalhes da construção do IFF. Participou também da visita o secretário adjunto de Trabalho e Emprego, Marcelo Carvalho. O trabalho de qualificação, para o qual o Senai foi contratado pela Prefeitura, é tocado pela parceria das duas pastas.
A previsão de entrega da primeira etapa da obra do IFF, que está sendo construído em Ubatiba, com as salas de aulas, é até o final do ano. O complexo educacional, cuja construção foi iniciada em março deste ano, inclui 24 salas de aula, laboratórios, refeitório, banheiros, estacionamento e outras dependências. A obra será entregue até março de 2017. "Temos um terreno grande com perfil geológico diferenciado; em alguns lugares mais úmido, em outros com afloramentos rochosos. Tivemos que empregar técnicas diferentes de engenharia, para nivelamento e padronização de qualidade da obra", descreveu o secretário Marcos Câmara. "A laje do primeiro bloco estará pronta nos 28 dias normais de cura e faremos um talude de contenção para o estacionamento. Os outros blocos estão sendo construídos ao mesmo tempo, recebendo o devido tratamento. O projeto está indo bem e tudo será entregue em prazo hábil", adiantou.
A aluna Cynthia Lopes da Cruz, 43 anos, casada e mãe de dois filhos, moradora em Itaipuaçu, procurou o curso para aprender tecnicamente o que já punha em prática. "Ajudei meu marido na construção de nossa casa. Estou aprendendo na técnica o que é uma planta baixa, instalações elétricas e hidráulicas. Pretendo me tornar profissional, e, quem sabe, abrir uma microempresa de construção", comentou.
Do IFF, a comitiva seguiu para o Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, sendo recebidos pelo engenheiro residente Jorge Tadeu, pelo engenheiro de Produção Gustavo Augusto e pela coordenadora de Saúde do hospital, enfermeira Fernanda Spitz. O novo hospital é a maior obra realizada em Maricá por um governo municipal. São 8.400 m2 de área construída, em 10.000 m2 de área total, com duas entradas para ambulâncias, 138 leitos, três UTIs, salas cirúrgicas, setores de UrgênciaEmergência, Traumatologia, Cirurgia (adulta e pediátrica), Clínica Geral e clínicas de GinecologiaObstetrícia, Neonatologia, Pediatria, Ortopedia, Traumatologia, Angiologia, Cardiologia, Endocrinologia, Oftalmologia, Pneumologia, Gastroenterologia e demais especialidades médicas, além de administração, almoxarifado e serviços gerais.
Foram visitados todos os blocos (A, B, e C), inclusive a parte superior onde ficará instalada a central de ar refrigerado. Toda a obra está sendo construída em sua fachada estrutural com blocos de concreto, ficando apenas a parte interior destinada à alvenaria. "A previsão de entrega é para setembro deste ano. O primeiro local escolhido seria em frente ao Corpo de Bombeiros, mas teria que ser um grande prédio de dois ou três andares, o que encareceria a estrutura. Economizamos mais de R$ 20 milhões, transferindo a obra para este lugar, onde temos mais espaço para fazê-la horizontal", adiantou o secretário Marcos Câmara.
"Foi muito importante nossa vinda aqui, pois os alunos estão tendo oportunidade única de conhecer de perto os canteiros de duas grandes obras e receber informações técnicas sobre as mesmas", declarou o professor Getúlio da Costa Junior. O secretário adjunto de Trabalho, Marcelo Carvalho, disse que o sonho de qualificação profissional de muitos maricaenses está se tornando possível graças à contratação do Senai pela Prefeitura. "Um curso destes hoje em dia, com 720 horas-aula, está em torno de R$ 5 mil. Oferecemos os cursos gratuitamente. Poucos municípios no Brasil investem desta forma em educação profissionalizante", analisou. "Em breve, nosso mercado de trabalho será ampliado com o Porto de Jaconé e com o Complexo Turístico. Precisamos preparar mão de obra especializada para essa demanda", concluiu.
