Agricultura promove seminário agroecológico e anuncia implantação de agroindústria

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A Secretaria Adjunta de Agricultura, Pecuária e Pesca de Maricá promoveu nesta terça-feira (17/05) um seminário sobre hortas agroecológicas. O evento, coordenado pela Cooperativa Agrícola Cooperar, do Movimento Nacional Sem Terra (MST), contou com a participação de agrônomos e técnicos agrícolas dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. O secretário municipal adjunto Rubem Pereira abriu o seminário falando da importância da agricultura orgânica para a cidade. “A agroecologia é um tema recente, mas necessário para a sobrevivência de todos. Maricá possui mais de 400 pequenos agricultores que precisam ter acesso a esse conhecimento. É uma alternativa de produção com maior segurança para o produtor e o consumidor”, disse.

O coordenador da Cooperar, Felipe Campelo, ministrou palestra sobre a organização de uma cooperativa agroecológica, com as etapas de formação, produção, agroindústria e comercialização, e sobre a agroindústria que será implantada em Pindobal (2º Distrito), com produção de hortaliças, frutíferas e ervas medicinais, utilizando mão de obra local, com monitoramento dos técnicos envolvidos no projeto. Para a implantação do projeto, que terá prazo de dois anos, a Prefeitura assinou convênio com a Cooperar no valor de R$ 1,9 milhão. A área de dois hectares terá 400 metros quadrados de área construída, além do campo de produção e capacitação de 23 oficinas na rede municipal de ensino com até 150 multiplicadores. O projeto conta, ainda, com a parceria das secretarias municipais adjuntas de Educação, Meio Ambiente e de Economia Solidária e Combate à Pobreza. “Na próxima semana, será realizada licitação para aquisição dos implementos e veículos do projeto”, adiantou o secretário Rubem Pereira.

A equipe que trabalhará no projeto visitou o local. O agrônomo Anderson Oliveira, de 42 anos, será o coordenador geral. Natural de Camacã (BA), Anderson adiantou que trabalha há 25 anos com projetos agroecológicos. “É bem estruturado. Realizamos projetos de agroindústria de cacau e hortaliças em assentamentos rurais como o de Nova Ipiranga, o primeiro a receber certificado de produção orgânica no país”, afirmou Anderson. O técnico agrícola com especialização em Agroecologia, Leonardo Stolano Schafer, de 21 anos, veio de Hulha Negra (RS), para trabalhar no projeto, assim como Camila Rosa dos Santos, 20. “Acreditamos que dará certo, como deu em outras regiões. É uma realidade nova para nós”, comentou Leonardo. Angelita Dominguez, 42, é técnica em Agroindústria e veio do Pontal do Paranapanema (SP), onde atuou como secretária de projetos como o do Café Sombreado. “Será uma experiência importante. A agroindústria de orgânicos é a alternativa para uma produção em escala de alimentos mais saudáveis”, concluiu.