Sexta-feira (22/01) foi dia de cinema para os moradores do Residencial Carlos Marighela, em Itaipuaçu. O Cineclube Henfil, projeto da Secretaria Municipal Adjunta de Cultura, Ciência e Tecnologia, deu início ao festival de curtas e longas metragens tendo Charles Chaplin como homenageado. “Vida de Cachorro”, “Ombros, Armas!” e “Pastor de Almas” foram os curtas exibidos nesta primeira sessão – o festival vai ate 10 de março. Nesta sexta-feira (29/01) o Cineclube prossegue com a exibição do longa “Luzes da Cidade”. Será a partir das 20h, com entrada franca.
A plateia era, em grande parte, formada por crianças que tinham os olhos fixos na tela. O cinema era mudo, mas as gargalhadas quebravam o silêncio. Devido à chuva, a exibição – prevista para ser feita utilizando as paredes dos prédios como tela – aconteceu dentro de um dos salões de reunião do condomínio e superou as expectativas dos organizadores. “O mau tempo atrapalhou, mas conseguimos realizar nosso grande objetivo que é oferecer cultura e entretenimento”, afirmou o subsecretario adjunto de Cultura, Zola Xavier.
A exibição começou às 20h e os moradores foram chegando aos poucos. Muitos sequer tinham ouvido falar de Charles Chaplin, como era o caso de Rafael de Farias, 24 anos. Para ele, a iniciativa de levar o projeto ao Condomínio Carlos Marighela é muito importante por oferecer aos moradores o acesso a bons filmes gratuitamente. “Estou achando muito divertido. É a primeira vez que vejo um filme dele. A Prefeitura está de parabéns pelo projeto”, afirmou Rafael.
Aos 61 anos, a dona de casa Maria do Socorro da Silva era outra que conhecia pouca coisa de Chaplin. "Nunca tinha visto nenhum filme dele", contou. "Aqui não tem muita coisa para fazer. Acho este projeto muito maravilhoso, adorei”, acrescentou. O convite para conhecer um dos maiores nomes do cinema mundial, aliás, foi feito pelo próprio Chaplin, na verdade pelo ator Cristian Brum, que percorreu o residencial caracterizado de Carlitos, o mais conhecido e imortal dos personagens de Charles Chaplin.
A estudante Gabriela Portugal, 16 anos, foi outra que adorou a sessão. Para ela, é uma oportunidade de fazer algo diferente no residencial. “Achei muito divertido. As crianças estão adorando, todo mundo está gostando. É uma opção de lazer aqui bem legal mesmo”, afirmou.
