Circuito Ecológico visita aldeia indígena “Mata Verde Bonita” em São José de Imbassaí

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Participantes conheceram a aldeia Mata Verde Bonita, da tribo Tupi-guarani, em São José do Imbassaí

Nem a forte chuva que desabou sobre a cidade no último sábado (21/11), desanimou o público que participa do Circuito Ecológico Caminhos de Maricá. O percurso, porém, teve de ser reduzido e partiu da praça do início da Avenida Prefeito Alcebíades Mendes (antiga Estrada dos Macacos), quando normalmente percorreria a área da restinga, e seguiu até a aldeia indígena Tekoa Ka’aguy Hovy Porã ("Mata Verde Bonita", em tupi guarani), em São José do Imbassaí.

Na chegada à comunidade, os caminhantes foram recebidos por um grupo de índios. Estes mostraram artesanato local e conversaram com os participantes do projeto, que ficaram bastante impressionados e tiraram muitas fotos. “Veio gente de Niterói e até do Rio para participar e a interação com os nossos índios foi uma experiência marcante para todos eles, tenho certeza”, avaliou Márcia Freitas, coordenadora e guia do projeto.

Márcia antecipou que os próximos roteiros do Circuito Ecológico deverão ser Espraiado-Tomascar, Itaocaia, Pedra do Silvado e Farol de Ponta Negra, em data ainda a serem confirmada. A coordenadora disse ainda que o projeto deverá ter um recesso entre a partir de dezembro, retornando em meados de janeiro, antes do Carnaval. Segundo ela, o forte calor nesse período pode ser prejudicial aos participantes. Márcia também disse que avalia uma nova demanda de roteiros para o próximo ano e que espera um público ainda mais variado por causa das Olimpíadas do Rio.

“Na época da Copa do Mundo, tivemos um bom número de estrangeiros em nossas caminhadas, e temos também essa expectativa para os jogos do Rio. Por isso, estamos pensando em explorar novos caminhos em Maricá”, disse a guia, que afirmou estar feliz com o sucesso do projeto nesses três anos. “O que me deixa satisfeita é saber que isso é algo que vai além das fronteiras do município. O ecoturismo agrega tipos diferentes de pessoas e, para nós, dar visibilidade ao que fazemos é um trabalho de formiguinhas mesmo, que estamos conseguindo realizar aos poucos”, avaliou.

Para a artesã Regina Pereira, de 61 anos, as caminhadas são sempre marcantes. Ela conta que participa do projeto há cerca de dois anos e que já virou ‘de casa’. “Venho toda semana desde que conheci. Depois disso passei a me exercitar e me alimento melhor”, contou ela, revelando que foi sua segunda vez com os índios. “Também aprendo com a cultura deles. No trajeto, ainda catamos lixo deixado nas trilhas. É tudo muito bom no projeto, eu gosto muito”, garantiu a artesã, que também é bancária aposentada.