Palestra no CEU marca Dia Nacional dos Ostomizados

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O Dia Nacional dos Ostomizados foi marcado nesta segunda-feira (16/11) por um evento que reuniu pacientes no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), na Mumbuca. O grupo assistiu a uma palestra ministrada pelo enfermeiro estomoterapeuta Vítor Lucas, assessor técnico de treinamento da empresa Convatec, que fabrica os kits entregues pelo Núcleo de Ostomizados de Maricá, aberto em julho de 2014 e que atende a 44 pacientes. Durante o evento, 34 kits foram entregues a ostomizados que vivem no município e também em Itaboraí. Após a palestra, houve uma roda de conversas com exercício de relaxamento, troca de experiências e estímulo a autoestima.

Segundo a coordenadora Elaine Aparecida de Souza, quem precisa atualmente de atendimento neste setor não sofre qualquer carência. Além da entrega dos kits em quantidade, os pacientes contam com encaminhamento para qualquer atendimento necessário. “Hoje é um dia para nós comemorarmos as conquistas que estamos tendo no setor desde que abrimos nosso núcleo, que funciona no Posto de Saúde Central. Não temos falta de material nem fila de espera. Quem nos procurar será imediatamente atendido”, garantiu Elaine, lembrando que o setor funciona às terças-feiras, das 8h às 12h, e quintas-feiras, das 8h às 17h.

Entre os pacientes que assistiam à palestra, estava o engenheiro Spencer Ferreira, que também é vice-presidente da Associação do Ostomizados do Rio de Janeiro (AORJ) e diretor da Associação Brasileira dos Ostomizados. Morador de Araçatiba, ele fez questão de elogiar a realização do evento como um grande avanço. “Vejo com muito otimismo e carinho o trabalho feito pelo núcleo de Maricá, o esforço feito pela equipe. É algo que consolida nossa posição e nossa visibilidade na sociedade”, avaliou ele, que tem 60 anos e é paciente há 14, como efeito da doença de Kron.

Mas quem roubou a cena no evento foi a pequenina Ana Giulya, de apenas 2 meses de idade. Segundo a mãe, a dona de casa Ana Cláudia dos Santos Oliveira, de 40 anos, ela nasceu com oito meses de gestação e com o ânus ainda não formado, o que levou à necessidade de utilizar os kits para evacuação. “Eu chorava dia e noite no início, pois eu e meu marido levamos um susto e não sabíamos como lidar com isso”, contou ela ao lado do pai da menina, o motorista Rogério Costa dos Santos, de 52 anos. Hoje, a menina passa por tratamento no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel (Zona Norte do Rio), e ainda deve utilizar os kits por mais seis meses.