Palestra sobre febre aftosa é realizada no CEU

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A Secretaria Municipal Adjunta de Agricultura, Pecuária e Pesca promoveu, nesta terça-feira (27/10), uma palestra sobre febre aftosa, direcionada aos pequenos produtores rurais. A vacina contra a aftosa é fornecida gratuitamente para produtores com até 60 cabeças no rebanho bovino ou bubalino. A palestra foi ministrada pela veterinária e chefe do Núcleo de Defesa Sanitária Animal do estado, Valéria Teixeira e reuniu 35 criadores no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU). Para Valéria, o encontro foi importante para mostrar as consequências da doença. "Não afeta apenas o produtor, mas cria impactos na produção da região e atinge social e economicamente todo o estado", avaliou. "Quando é identificado um caso de febre aftosa toda a região entra em quarentena", acrescentou. 

Ainda de acordo com a veterinária, apesar de o estado não ter casos há 17 anos, o estado do Rio é o único nas regiões Sudeste e Sul não autorizado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) a vender carne para a União Europeia. “Queremos manter o nosso rebanho com o índice vacinal o máximo possível para poder angariar benefícios frente ao Ministério da Agricultura e a Organização Mundial de Saúde Animal”, explicou. A conscientização dos criadores sobre o tema, ainda segundo a palestrante, é um dos principais desafios a serem enfrentados. “Muitos criadores não se preocupam em vacinar ou atualizar a Guia de Trânsito Animal (GTA)”, completou.

O secretário municipal adjunto de Agricultura, Pecuária e Pesca, Rubem Pereira, ficou satisfeito com o resultado da palestra. ”Tivemos um público muito grande em relação aos encontros anteriores. Foi proveitoso e deu aos participantes uma boa ideia da responsabilidade do que é ser produtor rural”, ressaltou, lembrando que apenas quem compareceu receberá a vacinação gratuita.  

A produtora rural Sônia Teixeira Pereira, 59 anos, com 11 animais um sua propriedade afirmou que vai seguir as orientações dadas pela palestrante. “Foi a primeira vez que participo. Achei muito interessante a reunião e tirei varias duvidas, como o GTA”, comentou. Com 25 animais produtores de leite, Aderaldo Rodrigues, 62 anos, morador do Retiro, também participou pela primeira vez. Para ele, todos devem se envolver e buscar informações sobre a criação de gado e como cuidar dos animais. “Nunca participei destes encontros, mas neste resolvi vir para ficar inteirado do assunto. Vendo leito, produzo queijo, então quero meu gado vacinado, saudável, bonito”, afirmou.

Uma das maiores dúvidas levantadas durante a palestra foi relacionada ao GTA. Valéria confirmou que a maior dificuldade que tem encontrado não é quanto à vacinação, mas ao uso da guia. “As pessoas veem o GTA simplesmente como uma ferramenta de trânsito, mas atrás desta guia existe a rastreabilidade, a saúde e a questão sanitária do animal, que mostra que ele foi vacinado nas ultimas campanhas”, concluiu. 

Adalberto da Silva, de 74 anos, morador da Serra do Camburi, é um produtor consciente sobre a importância da vacinação. “Achei muito importante. Nem todo mundo vacina boi. Um boi doente prejudica todos os outros”, reforçou. A ideia da palestra é justamente fazer com que os criadores ajudem a ampliar para os outros a importância do tema. A partir do próximo mês acontece a segunda etapa de vacinação, mas será apenas para animais de até 24 meses. A presença dos criadores na palestra serviu para dar à secretaria um cálculo do número real de vacinas a serem compradas para realizar a campanha. “O próximo passo agora é fazer a encomenda. Na próxima semana começaremos a vacinar e a ação durará o mês de novembro”, completou o secretário.