Condomínio do Minha Casa Minha Vida recebe os primeiros moradores

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Um mês depois da histórica visita da presidente Dilma Rousseff a Maricá, para a solenidade de entrega das chaves dos 2.932 imóveis construídos em Itaipuaçu e Inoã pela prefeitura através do programa Minha Casa Minha Vida, os primeiros beneficiados finalmente passaram do sonho à realidade da casa própria.  Desde a última sexta-feira  (28/08) cerca de 150 famílias fizeram as respectivas mudanças e ocuparam seus apartamentos no condomínio Carlos Marighella (Itaipuaçu).  No condomínio Carlos Alberto Soares de Freitas (Inoã), as mudanças começarão no mês de outubro.

Entre os novos moradores, a cada caixa descarregada, a sensação era de alívio e imensa alegria. “Estava passando dificuldades para pagar aluguel, vivo de biscates”, comemorava o vigilante Nelson Antonio de Marins, de 59 anos, que morava de aluguel em São José do Imbassaí. “Ganhei um presente de Deus”, completou ele, contemplado com o apartamento 1, do Bloco 1, do Setor A. Já a auxiliar-administrativa Cássia Marculino, seu marido Diego e o filha Júlia, de 5 anos, ocuparam o apartamento 103, do Bloco 31, do Setor A e festejavam a primeira noite na nova casa. “Foi o sono dos justos. Dormi tranquila, pois realizamos nosso sonho”, comentava.

Os noivos Cleidson da Silva, 34 anos, técnico em Telecomunicações, e Nívea Jardim, 32, professora e turismóloga, com casamento marcado para o próximo sábado (05/09), em Maricá, arrumavam a futura residência do casal. “Quem casa, quer casa”, dizia Cleidson, enquanto ajudava a carregar uma geladeira novinha. A futura sogra, Neuza Jardim, moradora em Amendoeira (São Gonçalo), adorou a mudança.  O servente de pedreiro Edmilson de Oliveira Muniz, 45 anos, estava morando de favor em casa de um colega e arrumava o seu cantinho. “Eles foram bons comigo, mas eu achava que estava incomodando. Agora, tenho minha própria casa”, dizia.

Quem tem necessidades especiais também comemorava.  Era o caso de Genilda Alves da Silva, 47 anos, que é deficiente física. Seu apartamento térreo foi entregue com todas as características técnicas de acessibilidade, como por exemplo, barras de apoio no banheiro. Genilda estava se instalando com a filha Larissa, de 9 anos, aluna do 4º ano da E.M. Darcy Ribeiro, e a irmã.  

A coordenadora do MCMV em Maricá, Lene de Oliveira afirma que o projeto está recebendo atenção especial desde a sua fundação. “Estamos oferecendo moradia com espaço de lazer e serviços públicos, com a qualidade de um condomínio particular”, afirma. “O reconhecimento será a dedicação dos moradores com seu apartamento, bloco e setor, o que será benéfico a todos”, emenda. “Haverá ordenamento, através do regimento e das normas de convivência. Em condomínio particular, você vê as pessoas instalarem antenas nas paredes e pendurarem roupas na área externa? Teremos vigias indicados pelos síndicos dos setores, e apoio da Guarda Municipal, para maior segurança”, complementa.

“As pessoas estão se adaptando rapidamente à mudança. A casa própria traz dignidade e uma nova vida ao cidadão”, completa o secretário municipal adjunto de Direitos Humanos e Participação Popular, Mauro Alemão.

Todo o processo é administrado pela coordenação do MCMV na Prefeitura, com o objetivo de garantir o acesso  dos donos aos apartamentos com total  segurança e conforto.  Os funcionários do programa recebem os proprietários no local e o prazo de mudança vai até 28/09. Para mudar, os moradores têm de identificar-se à entrada do conjunto, com o agendamento da mudança, documentos pessoais (RG,CPF e outros), e assinar um documento na entrada.  Equipes da Empresa Pública de Transporte (EPT) e agentes da Secretarias Municipal Adjuntas de Segurança Pública, fazem o controle do tráfego desde a entrada do conjunto. Já as secretarias adjuntas de Obras e de Direitos Humanos e Participação Popular também acompanham a mudança, dando orientações para a chegada dos moradores.

O empreendimento de Itaipuaçu possui 1.072 apartamentos (com dois quartos, sala, cozinha e banheiro) divididos em cinco setores (A,B,C.D e E) e 220 unidades por setor. Cada setor possui quadra polivalente, centro comunitário, área de lazer, playground e duas churrasqueiras. Todos os blocos têm passagens laterais, calçadas e avenidas amplas que percorrem toda a extensão dos setores.