Prefeitura e Correios se reúnem para discutir agilização de serviços em Maricá

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No encontro, foi reivindicado melhor estrutura para as agências, adequação dos carteiros a itinerários não atendidos e mais computadores

Representantes da Prefeitura de Maricá e da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) reuniram-se nesta quarta-feira (22/07), no Paço Municipal, para discutirem estratégias de agilização dos serviços no município. No encontro foi apresentado um painel descrevendo a atuação das quatro agências comunitárias (AGC) no município – Inoã, Guaratiba, Ubatiba e Espraiado –, sendo a de Inoã de maior  volume de atendimento (15 mil/mês), recebimento de correspondência (70 mil/mês) e devolução (25 mil/mês). Foi reivindicada uma melhor estrutura para as agências (como a de segurança na agência de Guaratiba), adequação dos carteiros a itinerários ainda não atendidos e a aquisição de mais computadores para as unidades.

Um dos pontos mais discutidos foi a implantação de uma Unidade de Distribuição (UD), que inclui um efetivo de carteiros para atendimento ao distrito. Segundo o secretário municipal adjunto de Administração, Gilberto Palmares, em relação às agências comunitárias, a Prefeitura se responsabiliza pelo aluguel do imóvel e pessoal contratado, mas é necessário maior investimento da empresa. “Os Correios apoiam com R$ 1.400 mensais por agência, o que é pouco. É preciso que a empresa invista mais na estrutura e na logística para que haja mais agilidade e qualidade de serviços”, considerou.

Outra reivindicação foi a instalação de caixas comunitárias de correspondência para os três mil imóveis do programa “Minha Casa, Minha Vida” em Maricá. Todos os contemplados no programa terão seu endereço atualizado, cadastrado pelos Correios, para entrega de correspondência. “Há localidades de Inoã e Itaipuaçu, onde estão localizados os novos condomínios, que não são atendidas por falha no sistema de entrega, que não entra em determinados lugares e devolve a correspondência para a posta-restante da Agência Comunitária de Inoã, que acumula uma devolução desnecessária de todo o distrito”, comentou o coordenador dos Correios de Niterói, Adilson Novaes.

Em relação às duas propostas, o diretor regional dos Correios no Estado do Rio de Janeiro, Márcio Miranda, declarou que todo projeto a ser implantado pela ECT necessariamente precisa passar pelo crivo do Ministério do Planejamento, das Comunicações, da administração central dos Correios (Brasília), até chegar à diretoria regional. “Já foi feito o sistema de distritamento (SD) para toda Maricá. Vamos trabalhar cada distrito segundo suas prioridades”, comentou.

De acordo com a gerente de vendas da empresa, Mônica Nascimento, Maricá registra um crescimento vertiginoso e, por conta da burocracia dos serviços públicos, não houve acompanhamento em tempo real desse crescimento, daí a defasagem de serviço em alguns setores. “A  estrutura deve ser agilizada e os equipamentos ampliados. A própria agência Central em Maricá  já não comporta a demanda, pois concentra o recebimento da correspondência dos quatro distritos”, completou Adilson. Foi proposta a criação de um grupo de trabalho para avaliação dos casos e encaminhamento de documentação à administração central (Brasília) e regional (RJ) dos Correios.

A equipe de profissionais visitou o Centro de Distribuição dos Correios (CDC), na Mumbuca, e a agência comunitária  (AGC) de Inoã. A coordenadora da unidade, Sônia de Assis, informou que a agência não tem como atribuição a entrega domiciliar, cabendo aos carteiros do CDD realizar o serviço. Os munícipes do distrito retiram as correspondências Simples, Eletrônicas, SEDEX, PAC, Registradas e Avisos de Recebimento, na própria agência. As não resgatadas no prazo pelos destinatários são devolvidas como posta-restante ao CDD e depois ao remetente, após três tentativas de entrega. “Não temos leitor ótico, por isso toda correspondência é numerada manualmente. Trabalhamos de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, e mais duas horas diárias em serviço interno para darmos conta da demanda. Mesmo assim, muitos não recebem, pois o endereçamento, via de regra, está errado”, definiu Sônia.

O comerciante Adilson Sant’Anna, dono de um pet shop local, é um dos afetados pela demora na prestação dos serviços dos Correios. “Recebo minha correspondência pessoal em casa e retiro os boletos via e-mail. Se esperasse as encomendas da loja pelos Correios, estaria endividado, pois perderia todos os prazos. A correspondência nunca chega”, concluiu.